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domingo, 25 de março de 2012

DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
Cidadania é o exercício pleno dos direitos civis, políticos e sociais, é saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia quando necessário. Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É processar um médico que cometa um erro. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de praticar uma religião sem ser perseguido. Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar lixo fora da lixeira, não destruir o patrimônio público ou de uso público, etc. É lutar por seus direitos, mas também é cumprir seus deveres.

Por trás desse comportamento, está o respeito aos demais, pois a prática da cidadania envolve muito mais a coletividade do que o individual (embora também o seja). O direito de ter direitos é uma conquista da humanidade e não uma dádiva dos poderosos. Da mesma forma que a anestesia, as vacinas, o computador, a máquina de lavar, a pasta de dente, o transplante do coração. Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e morreu para que tivéssemos direitos trabalhistas e o direito de votar. Lutou-se pela ideia de que todos os homens são iguais  diante da lei (embora no Brasil isso ainda não seja uma realidade). Pessoas deram a vida combatendo a ideia errada de que o rei tinha direitos divinos e podia fazer tudo, cabendo ao povo obedecer cegamente.

DIREITOS DE CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS:
Em relação aos direitos do cidadão eles fazem parte dos direitos humanos, mas são basicamente os direitos civis (liberdade de pensamento, de religião, de ir e vir, direito a propriedade, direito a liberdade contratual, direito a justiça, etc.), os direitos políticos (direitos eleitorais, direitos de participar de partidos e sindicatos, direito de protestar, fazer passeatas, greves, etc.) e direitos sociais (moradia digna, educação, saúde, transporte coletivo, sistema previdenciário, lazer, acesso ao sistema judiciário, etc.), os quais nada mais são do que a amplificação dos direitos humanos que ao longo do tempo foram sendo incorporados,  geralmente após muita luta, inclusive com derramamento de sangue.
Mas, explicitamente em relação aos direitos humanos, há uma má interpretação, no sentido de relacioná-lo apenas aos direitos dos bandidos. É importante deixar claro que estamos falando da ideia central de democracia; nos países democráticos e desenvolvidos, a ideia e a prática dos direitos humanos já estão incorporadas à vida política e aos valores do povo. Mas, nos países que mais violam os direitos humanos, nas sociedades que marcadas pela discriminação e intolerância, a ideia de direitos humanos permanece ambígua e deturpada. É o caso do Brasil. As gerações mais jovens não viveram os anos da ditadura militar, mas certamente ouviram e leram a respeito da defesa dos direitos humanos em benefício daqueles que estavam sendo perseguidos por suas convicções ou militância política, daqueles que foram presos, torturados, assassinados, exilados, banidos. Mas talvez não saiba como cresceu, naquela época, o reconhecimento de que aquelas pessoas perseguidas tinham direitos invioláveis. Mesmo sendo julgadas e apenadas, estas pessoas continuavam portadoras de direitos humanos básicos: o direito a ter direitos (não ser torturado, ter um julgamento justo, direito a vida, etc.).
Infelizmente, após o fim do regime militar, a ideia de que todos, independentemente da posição social, tem seus direitos fundamentais garantidos, não prosperou. A defesa dos direitos humanos (DH) passou a ser associada à defesa dos criminosos comuns, os quais são, em sua maioria, oriundos da classe pobre. Essa questão deixou, por este motivo, de ter o mesmo interesse para a classe média.
O tema dos DH foi prejudicado pela manipulação da opinião pública, no sentido de associar direitos humanos com a bandidagem, com a criminalidade. Somos uma sociedade profundamente marcada pela desigualdade social e péssima distribuição de renda. As classes populares são geralmente vistas pelos mais ricos como “classes perigosas”. São ameaçadoras pela feiura da miséria, pelo medo atávico das “massas”. Assim, parece bem às classes dominantes criminalizar as classes populares associando-as ao banditismo, à violência e à criminalidade; porque esta é uma maneira de circunscrever a violência, que existe em toda a sociedade, apenas aos “desclassificados”, que, portanto, mereceriam todo o rigor da polícia, da suspeita permanente, da indiferença diante de seus legítimos anseios.
É por isso que se dá nos meios de comunicação de massa (geralmente tendenciosa), ênfase especial à violência associada à pobreza, à ignorância e à miséria. É o medo dos de baixo - que, um dia, podem se revoltar - que motiva os de cima a manterem o estigma sobre a ideia de direitos humanos.

A questão dos direitos da cidadania diz respeito a ordem jurídica-política de um país, no qual uma Constituição define e garante quem é cidadão, que direitos e deveres ele terá em função de uma série de variáveis tais como a idade, o estado civil, a condição de sanidade física e mental, o fato de estar ou não em dívida com a justiça penal etc.
Atenção: Os direitos do cidadão e a própria ideia de cidadania não são universais no sentido de que eles estão fixos a uma específica e determinada ordem jurídico-política. Daí, identificamos cidadãos brasileiros, norte-americanos e argentinos, e sabemos que variam os direitos e deveres dos cidadãos de um país para outro. A ideia da cidadania é uma ideia eminentemente política que não está necessariamente ligada a valores universais, mas a decisões políticas. Um determinado governo, por exemplo, pode modificar as penalidades do código penal; pode modificar o código civil para equiparar direitos entre homens e mulheres;  pode modificar o código de família no que diz respeito aos direitos e deveres dos cônjuges em relação aos filhos, etc. Tudo isso diz respeito à cidadania. No entanto, em muitos casos, os direitos do cidadão coincidem com os direitos humanos, que são mais amplos e abrangentes. Em sociedades democráticas é, geralmente, o que ocorre e, em nenhuma hipótese, direitos ou deveres do cidadão podem ser invocados para justificar violação de direitos humanos fundamentais.
Os Direitos Humanos são universais e naturais. Os direitos do cidadão não são direitos naturais, são direitos criados e devem necessariamente estar especificados num determinado ordenamento jurídico. Já os Direitos Humanos são universais no sentido de que aquilo que é considerado um direito humano no Brasil, também deverá sê-lo em qualquer país do mundo, porque eles se referem à pessoa humana na sua universalidade. Por isso são chamados de direitos naturais, porque dizem respeito à dignidade da natureza humana, porque existem antes de qualquer lei, e não precisam estar especificados numa lei, para serem exigidos, reconhecidos, protegidos e promovidos.
Evidentemente, é ótimo que eles estejam reconhecidos na legislação, é um avanço, mas se não estiverem, deverão ser reconhecidos assim mesmo. Poder-se-ia perguntar: mas por quê? Por que são universais e devem ser reconhecidos, se não existe nenhuma legislação superior que assim o obrigue? Essa é a grande questão da Idade Moderna. Porque é uma grande conquista da humanidade ter chegado a algumas conclusões a respeito da dignidade e da universalidade da pessoa humana. É uma conquista universal que se exemplifica no fato de que hoje, pelo menos nos países filiados à tradição ocidental, não se aceita mais a prática da escravidão nem o trabalho infantil nem a tortura.
É claro que existe o ideal e o real; a escravidão é um absurdo, mas ainda há trabalho escravo em lugares distantes no interior do Brasil. O trabalho infantil é outro absurdo, mas há crianças vivendo e sendo exploradas nas ruas das maiores capitais do Brasil.
Assim, percebemos que os direitos naturais e universais são diferentes dos direitos ligados às ideias de cidadão e cidadania. Exemplo: uma criança ainda não é uma plena cidadã, no sentido de que ela não tem certos direitos do adulto, responsável pelos seus atos, nem tem deveres em relação ao Estado, nem em relação aos outros; no entanto, ela tem integralmente o conjunto dos Direitos Humanos. Um doente mental não é um cidadão pleno, no sentido de que ele não é responsável pelos seus atos, portanto ele não pode ter direitos, como, por ex., o direito ao voto, o direito plena à propriedade e muito menos os deveres, mas ele continua integralmente credor dos Direitos Humanos. Outro exemplo seria o dos grupos indígenas.

Quais são esses DH? Direito à vida, à liberdade, a ser tratado com dignidade (sem tortura ou crueldade), direito a uma justiça verdadeira, ou seja, são os mais básicos direitos básicos que todo ser humano deve ter, sem distinção de etnia, nacionalidade, sexo, raça, classe social, nível de instrução, cor, religião, opção sexual, ou de qualquer tipo de julgamento moral. Mas a não-discriminação por julgamento moral é uma das mais difíceis de aceitar; é justamente o reconhecimento de que toda pessoa humana, mesmo o pior dos criminosos, continua tendo direito ao  reconhecimento de sua dignidade como pessoa humana. É o lado mais difícil no entendimento dos Direitos Humanos.
É bom lembrar que esse julgamento moral pode ser de vários tipos, pode ser, por exemplo, aquele que exclua determinados militantes políticos como o "terrorista" (aliás, o que é chamado de terrorismo pode ser, por mais ignóbil que seja, a continuação da guerra por outros meios). O terrorista pode perder a cidadania, mas continua fazendo parte da comunidade dos seres humanos e, portanto, pode ser preso e execrado pela opinião pública, mas continuará portador de direitos fundamentais, ou seja, não deve ser torturado, deve ter um julgamento imparcial, ter direito a advogado etc. É bom lembrar, também, que muitos dentre grandes Estados que hoje orgulhosamente defendem a democracia e os Direitos Humanos começaram em seguida a revoluções e atos que hoje nós chamaríamos de atos terroristas.
Além de serem naturais e intrínsecos à natureza humana e universais, os DH também são históricos, no sentido de que mudaram ao longo do tempo. O núcleo fundamental dos Direitos Humanos é, evidentemente, o direito à vida, porque de nada adiantaria os outros direitos se não valesse o direito à vida. Quando se admite, por exemplo, o direito de se escravizar outra pessoa, se está colocando em dúvida o direito à vida, pois a pessoa que tem o direito de propriedade sobre outra tem também o direito sobre a vida e a morte dessa outra pessoa, que é sua propriedade. 

EXERCÍCIOS
1- Comente a expressão: “...a prática da cidadania envolve muito mais a coletividade do que o individual (embora também o seja)...”
2- O direito de ter direitos foi uma conquista da humanidade ou foi uma dádiva dos poderosos? comente.
3- O texto estabelece diferença entre direitos humanos e direitos do cidadão? Comente.
4 – Em relação ao nosso direito de ir e vir, eles são plenamente respeitados? Comente.
5-  o que o texto quer dizer com a expressão “...explicitamente em relação aos direitos humanos, há uma má interpretação, no sentido de relacioná-lo apenas aos direitos dos bandidos...”?
6 – Por que o texto diz que os direitos humanos são direitos universais e naturais?
7 - Por que o texto afirma que os direitos do cidadão e a própria ideia de cidadania não são universais?
8– Todas as pessoas devem ter direitos humanos inalienáveis, mesmo os piores criminosos? Comente.l
9 – Comente a expressão “...A ideia da cidadania é uma ideia eminentemente política que não está necessariamente ligada a valores universais, mas a decisões políticas...”
10 -Você é a favor ou contra a pena de morte? Justifique sua resposta
11 – Você é a favor ou contra a prisão perpétua? Justifique sua resposta
12– É possível existir grupos humanos em um país democrático que não são cidadãos plenos e assim permanecerão? Comente.
13 – O que o texto quer dizer com a expressão “...nos países que mais violam os direitos humanos, nas sociedades que marcadas pela discriminação e intolerância, a ideia de direitos humanos permanece ambígua e deturpada...”
14 – A cidadania começa já na escola, ou seja, já podemos exercê-la ainda como estudantes? Comente e dê exemplos.
15 – Cidadania envolve apenas direitos ou também deveres? Comente.

sábado, 24 de março de 2012

MODOS DE PRODUÇÃO

MODOS DE PRODUÇÃO

É a maneira pela qual uma sociedade organiza-se para produzir o que for necessário à sua sobrevivência. Ao longo da história houve seis modos de produção:

1-MODO DE PRODUÇÃO PRIMITIVO OU COMUNAL:
Foi característico dos primeiros grupos humanos que viveram na terra, embora ainda exista em comunidades isoladas (ex: algumas tribos indígenas isoladas na Amazônia, na África, etc.). Nesse modo de produção, a comunidade trabalha unida (todos trabalham em prol de todos); os meios de produção (ex: ferramentas, utensílios ou armas) e os frutos do trabalho são repartidos entre todos. Não há ninguém com mais posses do que outro. Não existe a ideia da propriedade privada, não há desigualdade social,  não há exploradores nem explorados. As relações de produção são de amizade e ajuda entre todos; não existe a figura do Estado: este só surgiu quando a sociedade cresceu e as atividades diversificaram-se, dando início à civilização, sendo inevitável o surgimento do Estado, o qual, através de seus governantes, passou a comandar os trabalhos coletivos, administrar o povo, cobrar impostos, etc. O modo de produção comunal foi o único modelo de comunismo implantado pela humanidade.
2-MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO OU SOCIEDADES HIDRÁULICAS (OU DO REGADIO):
Existiu no Egito, China, Oriente Próximo e Índia: Foi marcado pelo surgimento do Estado, o principal meio de  organização e dominação, através dos imperadores, reis e faraós. Esse tipo de poder, também denominado despotismo oriental, caracterizou-se pela formação de grandes comunidades agrícolas e pela apropriação dos excedentes de produção (o Estado apropriava-se da maior parte da produção agrícola) A agricultura era a base da economia, sendo praticada por comunidades de camponeses presos a terra, a qual não podiam abandonar, vivendo submetidos a um regime de servidão coletiva. As terras  pertenciam ao Estado, cujo tipo de governo era geralmente uma teocracia (governo baseado na ideologia religiosa). O uso da teocracia pelos governantes facilitava o controle da sociedade, em sua maioria analfabeta e ignara (através da ameaça e da força sairia bem mais caro). Para a população, cujo conhecimento limitava-se ao senso comum, apenas os escribas, sacerdotes e governantes sabiam interpretar e revelar a vontade dos deuses.
O excedente apropriado pelo Estado era em parte comercializado e em parte distribuído entre a própria nobreza,  formada por sacerdotes, escribas e guerreiros. Nos períodos entre as safras, os trabalhadores (servos e escravos) eram deslocados para a construção de obras públicas, (canais de irrigação, diques, templos, túmulos, monumentos, etc.). A  servidão coletiva era o modo de pagamento para o rei ou faraó pelo uso das terras. Esse modo de produção chegará ao fim devido às revoltas do povo contra a exploração promovida pela elite dirigente, provocando enfraquecimento geral dos Estados, os quais acabaram sucumbindo às invasões de outros povos (ex: o Egito acabou sendo dominado pelos macedônios).
3-MODO DE PRODUÇÃO ESCRAVISTA:
Civilizações como a persa, egípcia, grega e a romana utilizaram o trabalho de escravos, conquistados principalmente através de guerras, embora tenha havia, em menor número, a escravização por dívidas, ou mesmo quando homens empobrecidos se vendiam como escravos como forma de sobrevivência. No Egito, por exemplo, os escravos eram em geral prisioneiros de guerra, os quais não eram a principal força de trabalho. Comparados aos outros povos antigos, os egípcios eram mais tolerantes com seus escravos.
A Grécia e principalmente Roma, utilizaram o trabalho escravo em larga escala, tanto no campo como nas cidades e até como gladiadores. Gregos e romanos foram talvez os que mais se assemelharam aos ocidentais através do comércio e da desumanização do ser humano. Contudo, estas civilizações não teriam tido êxito em sua ascendência se não fosse o trabalho escravo, ou seja, a grandeza delas esta diretamente ligada ao trabalho de homens, mulheres e crianças desumanizados e dominados. Atenção: não confunda este tipo de escravidão com a escravidão negra ocorrida nas Américas. A escravidão negra estava inserida no modo de produção inicial do capitalismo, chamado de mercantilismo.
Até nos dias atuais ainda há problemas relacionados ao trabalho escravo; aqui no Brasil, ocorrem principalmente em longínquas fazendas do interior do país.
4-MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL:
No feudalismo, o poder político é descentralizado (cada feudo era como se fosse um pequeno país, com suas próprias leis, sistema de pesos e medidas, impostos e em alguns casos até moeda em alguns casos); A economia dos feudos era praticamente autônoma ou autárquica, ou seja, produziam tudo o que era necessário para sobreviver (alimentos, roupas, móveis, etc.); isso se explica devido ao clima de insegurança total nas estradas, já que a época era caracterizada pela invasão dos povos bárbaros e pelo clima geral de violência, pois o poder do senhor feudal residia na sua capacidade de possuir mais terras e isso só era possível através de seu poderio militar e sua belicosidade. Nem todos os feudos eram inimigos, já que havia aliança entre alguns feudos contra a aliança de outros.
Sociedade: A sociedade feudal era composta por três estamentos (nobreza, clero e servos); no senso comum da época, a nobreza existia para guerrear e defender o feudo, o clero tinha função ideológica: eram vistos como os donos das verdades divinas, as quais recebiam e entregavam à sociedade; além disso, o clero justificava a sociedade estamental  como se fosse a vontade divina, além de ser o único estamento que sabia ler e escrever; com sua forte influência ideológica, mantinham os servos alienados, evitando assim a revolta. Para os servos, restava a função de trabalhar duro e sustentar os demais estamentos. Os servos não eram escravos, pois não podiam ser vendidos, mas não eram livres,  não podiam abandonar o feudo. Estavam presos à terra, sofriam intensa exploração, eram obrigados a prestarem serviços à nobreza e a pagar-lhes diversos tributos em troca da permissão de uso da terra e de proteção militar.
5-MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA:
Capitalismo é o sistema socioeconômico em que os meios de produção (terras, fábricas, máquinas, edifícios, etc.) e o capital são de propriedade privada, pertencentes  à classe burguesa (empresariado). É o modo de produção mais usado pela humanidade. A classe dos não proprietários, chamada de operariado ou proletariado, possui apenas a sua força de trabalho, a qual é usada em troca do salário pago pela burguesia.
CARACTERÍSTICAS: boas e ruins, pois não há modo de produção perfeito.
As características positivas em geral são:
- Iniciativa privada ou empreendedorismo: é muito mais ágil do que a iniciativa estatal, pois se baseia no princípio de que cada necessidade é uma oportunidade de se fazer negócio. Muitas pessoas vivem procurando novas oportunidades de produtos ou serviços, onde através das mesmas podem vir a prosperar.
- Concorrência: estimula a inovação e o aperfeiçoamento constante dos produtos e serviços; quem produz uma mercadoria ou oferece um serviço, a princípio, pode não querer inovar, mas, basta que um concorrente inove ou aperfeiçoe, para que os demais sejam obrigados à mesma ação, caso contrário, correm o risco de perderem clientes e irem à falência.
- Realização dos sonhos de consumo: muitos visualizam realizar seus sonhos de consumo através de seu empreendedorismo, desde que obtenha o sucesso almejado.
- Geração de emprego e renda: o empreendedorismo é um dos maiores geradores de emprego e renda;
-Produtividade: a expectativa de lucro estimula a produção; no capitalismo a produção eficiente é uma das principais metas do empreendedor: produzir mais rápido, com menos perdas e com mais eficiência.
- Dinamismo: a forte concorrência leva as empresas e as pessoas a serem cada vez mais dinâmicos, exigindo mais empenho, estudo, atualização, etc.
As características negativas em geral são:
-Desigualdade social: ricos (classe A), classe média (classe B) e pobres (classes C e D). Além disso, a desigualdade pode provocar o preconceito social.
-Concorrência: para vencer os concorrentes, é preciso ter preço competitivo e para isso, o patrão lança mão de diversas medidas tais como automatizar, informatizar, demitir, terceirizar, etc.
-Exploração do trabalhador: o trabalhador não recebe o devido valor pelo que produz; a maior parte de sua produção é embolsada pelo patrão; é a chamada mais-valia. Isso também pode ser visto como algo natural no modelo capitalista, pois quem chega a se tornar patrão (mesmo que tenha sido um ex-operário), dificilmente irá querer repartir o lucro de maneira igual entre si e seus empregados.
-Criar falsas necessidades de consumo: é preciso alienar o povo para que troque rapidamente de mercadoria, para que sinta a falsa necessidade de estar na moda ou ter o mais moderno celular, ou o carro do ano, etc. Essa alienação se dá através da propaganda em geral e da mídia (tv, internet, filmes, novelas, etc.). Dessa maneira, muita gente compra não porque precisa, mas apenas para exibir (compra o que não precisa, com um dinheiro que não tem para exibir-se a pessoas de quem não gosta)
- Ciclos de crise: essas crises são naturais no capitalismo e geralmente seguem os seguintes passos: as pessoas compram, tomam empréstimos, endividam-se, ficam sem poder pagar, deixam de comprar, os estoques aumentam, as vendas caem, as empresas demitem, as dívidas aumentam, muita gente perde o emprego, empresas quebram, etc. Após algum tempo, o ciclo de prosperidade reinicia, através da ação do Estado para reaquecer a economia. Como se dá essa ação: em geral são empréstimos às empresas em dificuldade, redução de juros, refinanciamento ou perdão de dívidas, etc. Moral da história: em tempos de prosperidade, os lucros são privatizados pelos patrões, mas em tempos de crise, os prejuízos são socializados, pois quem socorre as empresas em crise é o dinheiro público (o qual veio dos impostos) através do Estado.
-Oligopólios: são poucas empresas que dominam determinado segmento do mercado; elas acabam cartelizando os preços de seus produtos.
-Carteis: ocorre quando várias empresas que atuam no mesmo setor fazem acordos de preços sobre determinado produto ou serviço. Dessa maneira, o consumidor sai em desvantagem, pois isso elimina a concorrência real, pois os preços são combinados.
-Trustes: são empresas que abrem mão de sua independência legal e se unem para constituir uma única organização.
exemplo: empresas que trabalham com o mesmo ramo de produtos tais como empresas de alimentos, bebidas, automóveis, etc.
-Holdings: é o estágio mais avançado do capitalismo;  é uma empresa criada para administrar um grupo de empresas (conglomerado). A holding administra e possui a maioria das ações ou quotas das empresas componentes de um determinado grupo. Essa forma de sociedade é muito utilizada por médias e grandes empresas e normalmente visa melhorar a estrutura de capital, ou é usada como parte de uma parceria com outras empresas.
-Dumping: é uma prática comercial que consiste em uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos, mercadorias ou serviços por preços bem abaixo de seu valor para outro país, por um tempo, visando prejudicar e eliminar os fabricantes de produtos similares concorrentes no local, passando então a dominar o mercado e impondo preços altos. É um termo usado em comércio internacional e é reprimido pelos governos nacionais, quando comprovado.
6-MODO DE PRODUÇÃO SOCIALISTA: 
A base econômica do socialismo é a propriedade social dos meios de produção, isto é, os meios de produção são públicos ou coletivos, não existindo empresas privadas; isso significa que toda a iniciativa é do Estado, ou seja, você não poderá mais ter seu próprio negócio (mesmo que fosse um simples ambulante)e se o tivesse, o perderia, pois passaria a ser do Estado. A finalidade da sociedade socialista é a satisfação das necessidades de toda a população: emprego, habitação, educação, saúde.
LADO POSITIVO:
- Meios de produção socializados: no socialismo toda estrutura produtiva, como empresas, indústrias, terras, dentre outros, pertencem ao Estado, sendo por ele gerenciados. Todo o resultado da produção gerado pelos processos produtivos são divididos entre seus funcionários.
• Inexistência de sociedade dividida em classes: como os meios de produção pertencem à sociedade, há geralmente, apenas uma classe: a dos proletários, mesmo havendo médicos, engenheiros, etc. Todos trabalham em conjunto e com o mesmo propósito.
-Não há concorrência entre empresas
-Não há do empregado em perder o emprego
-Não há falência das empresas.
LADO NEGATIVO:
-Baixa produtividade: como não há mais demissão nem concorrência nem falência, a produção é inferior a do capitalismo; mesmo que haja incentivos para os que produzissem mais.
-Não há dinamismo: como não há mais lucro, não há mais estímulo à inovação, aperfeiçoamento, etc. Os produtos são os mesmos durante vários anos, tornando-se obsoletos em relação aos do capitalismo. Um exemplo disso eram os eletrodomésticos e automóveis da União Soviética em comparação com os do Ocidente capitalista.
-Não há iniciativa privada: frustra a expectativa de ter seu próprio negócio, mesmo que seja simples; inibe e desestimula o empreendedorismo, os quais são vistos como coisas do capitalismo e da burguesia.
-Desabastecimento: como a produção é pouca, o abastecimento é precário. Nos supermercados do mundo socialista, longas filas se formavam para esperar a chegada dos poucos produtos, os quais eram vendidos através do racionamento.
-Ditaduras: O socialismo, em todos os países onde foi implantado, só o foi através de ditaduras, ou seja,  jamais houve socialismo democrático. O tipo de governo geralmente é uma ditadura monopartidária, onde só pode existir o partido oficial, o comunista. Sob a justificativa de preservar e defender alguns direitos sociais (casa, comida, educação e saúde) essas ditaduras acabaram com quase todos os direitos civis, políticos e humanos, ou seja, o ser humano passou a ser tratado como se fosse gado e o Estado exigia do povo este comportamento (basta ao povo o pasto e o curral). A imprensa era censurada (só era permitida a oficial), não havia liberdade para protestar ou criticar as ações do governo, nem liberdade para viajar ao exterior, nem liberdade de crença (as religiões foram proibidas), nem liberdade de associação, nem partidária, nem de ter seu próprio negócio, etc. 
-Elite parasitária e burocrática: O partido comunista criou uma enorme elite partidária parasitária, a qual passou a comandar todas as empresas (indústrias, comércio, serviços, etc). Essa elite passou a viver de maneira diferenciada da maioria dos trabalhadores, ou seja, tinham privilégios (ex: casa de campo, carro de luxo, etc.), além de serem despreparadas para gerenciar empresas e prestar serviços eficientes visando o bem da população em geral. 
O socialismo acabou sendo usado pelos líderes para perpetuarem-se no poder, através das seguintes estratégias:
1° - Retirar do povo todo o direito às propriedades (terras, imóveis, negócios), para que não tenham nenhum poder econômico e dependam totalmente da elite partidária (Estado) para viverem.
2° - Impedir com que o povo saia do País, fechando as fronteiras.
3° - Vigiar de perto a população através da polícia política e das denúncias, estimulando o povo a denunciar quem critica o governo. Através dessas estratégias, (espionando e vigiando) o Estado socialista dificultava a organização e articulação da sociedade no sentido de promover mudanças.
4º Desarmar a população: Eliminar toda a possibilidade da posse de armas pela população, através de confiscos e punições severas. As armas são liberadas apenas para a elite partidária.
5° - Censura e controle total da imprensa e mídias, eliminando qualquer informação que alerte ao povo sobre os crimes praticados pela elite partidária bem como sobre suas mordomias.
Foi o conjunto desses fatores negativos que provocaram o colapso dos países socialistas, aliado ao fato de que a maioria deles investiu a maior parte de seus recursos em armamentos e exércitos, durante a Guerra Fria, prejudicando o pleno atendimento da população. OBS: é importante frisar que as ditaduras também existiram em países capitalistas (ex: Argentina, Brasil, Alemanha, Portugal, Espanha, etc.)., ou seja, socialismo e capitalismo tem seus pontos positivos e negativos, mas o problema maior é a Ditadura.

sexta-feira, 23 de março de 2012

RAZÃO FILOSÓFICA

RAZÃO FILOSÓFICA
A razão é a melhor maneira de organizar a realidade para que ela se torne compreensível. A razão ordena o nosso pensamento e deve ordenar nossas ações. Todo ser humano é racional, embora muitas vezes deixe a razão de lado e use as emoções, o que pode ser prejudicial (ex: xingar  alguém alguém num momento de raiva ou até matar).
 
A razão opõe-se a algumas atitudes mentais:
a- conhecimento ilusório: a simples opinião, o senso comum, a achologia, etc.
b- as emoções, sentimentos, paixões: somos seres emocionais e ninguém é desprovido de emoção, mas as emoções podem nos enganar e nos arrastar para outros problemas, como os vícios, a violência, etc.
c- a fé: a fé opera no campo da crença no que não se vê nem se pode provar materialmente. A fé sem uma base racional pode nos levar a cometer atos insanos como odiar alguém ou até matar só porque não professam nossa fé. Outro exemplo neste sentido é ser enganado por líderes religiosos, deixando de lado a atitude crítica e o questionamento.
d- o êxtase místico: as visões e aparições, as profecias, os mistérios sobrenaturais, etc.
e- o dogmatismo: dogma é uma ideia, convicção ou doutrina que consideramos uma verdade suprema, jamais sujeita a questionamentos ou dúvidas.
É uma tendência a crer que o mundo é do jeito que aprendemos ou achamos que deve ser. É muito usada na política e na religião. É até compreensível na religião, pois envolve questões de fé (ex: transubstanciação). Já em política, pode ser prejudicial à sociedade, já que o dogmático acha-se dono da verdade, acreditando que sua ideologia ou visão política é a melhor, mesmo que confrontada com suas contradições. Ficou famosa a expressão do ex-presidente do Uruguai, José Mujica (ele próprio um governante de esquerda), sobre o dogmatismo da esquerda latino-americana: “O dogmatismo é uma doença crônica da esquerda latino-americana. Acreditamos que somos possuidores de uma verdade absoluta. A esquerda tem a doença de sempre ser apaixonada pelos modelos em que acredita. Mas se penso que meu vizinho deve pensar como eu, estamos fritos”.
Anacronismo:
consiste em julgar o passado a partir da realidade do nosso presente. Ex: condenar a escravidão dos tempos coloniais ou o machismo da bíblia a partir da sociedade ocidental de hoje. Significa também recorrer sempre a uma antiga ideia ou tecnologia, mesmo existindo recursos mais modernos. Ex: o uso da velha caderneta escolar.

OS QUATRO PRINCÍPIOS DA RAZÃO:
1- Identidade: ex: A é A, jamais pode ser outra coisa. Você é 123.579.000-0 (CPF).
2- Não contradição: é impossível afirmar e negar a mesma coisa ao mesmo tempo. Ex: A é A, não pode ser B...uma árvore não pode ser e não ser árvore...você é Maria, logo, não pode ser Lady Gaga.
3- Terceiro Excluído: não há terceira opção. Ex: ou você é Sócrates ou não é Sócrates...ou faremos a guerra ou faremos a paz...ou digo a verdade ou estou mentindo...ou você está grávida ou não está...ou você está amando ou não está.
4 – Razão suficiente ou Causalidade: tudo o que existe e  acontece origina-se de alguma causa, ou seja, deve existir uma razão para sua explicação.
Muitos modelos de causalidade são utilizados para explicar os fenômenos. Alguns exemplos desses modelos são:
A) Causalidade linear ou simples: Ocorre quando uma causa provoca um efeito proporcional (isto é, linear). Ex: Se uma bola está parada no chão e outra bola se choca com ela, o efeito é proporcional à causa. Se alguém dá um chute numa bola e ela é atirada ao longe, a causa do seu movimento foi a força muscular aplicada à bola através do chute. Se uma maçã cai da árvore, a causa de sua queda foi a força de gravidade.
B) Gatilho: ocorre quando uma causa provoca um efeito desproporcional (
não-linear). Ex:  um empurrão numa imensa rocha em equilíbrio instável sobre uma montanha destrói uma casa na base da montanha... uma faísca pode provocar um enorme incêndio numa mata ou numa casa.
C) Efeito dominó, cascata ou em cadeia: ocorre quando uma causa provoca um efeito de proporção diferente (não-linear) em sua proximidade, o qual acarretará outra mudança e assim por diante, em seqüência 
linear. Ex: a eliminação de um predador da cadeia alimentar poderá provocar a multiplicação de pragas que antes tinham sua população controlada pelo predador. 
As quatro causas de Aristóteles: o filósofo acreditava que toda questão "por quê?" pode ser respondida de quatro diferentes maneiras, que são os quatro tipos de causas: material, formal, eficiente e final
1-Causa material de uma coisa é o material que constitui algum objeto ou ser (por exemplo, a causa material de uma mesa pode ser a madeira);
2-Causa formal de uma coisa é a sua forma, ou seja, um determinado arranjo de sua matéria (ex: a forma de uma árvore);
3-Causa eficiente de uma coisa é a "causa primária de mudança ou repouso" ou a ação que pode levar algo a existir ou deixar de existir. (ex: um incêndio pode ter como causa eficiente um raio; uma mesa é a causa eficiente do trabalho manual do carpinteiro). É considerada a causa mais importante, pois nela reside o trabalho intelectual e manual, que transforma a natureza a serviço do ser humano.
4-Causa final é o propósito ou objetivo de uma coisa. Ex: cadeira, mesa, televisão, computador, etc.
A ATITUDE RACIONAL E SUAS MODALIDADES:
I – INTUIÇÃO: É a ação que de uma só vez capta por inteiro o objeto a ser conhecido. É a visão direta e imediata, sem necessidade de maiores provas para conclusão. É a compreensão de uma verdade, objeto ou fato. É um ato intelectual de discernimento e compreensão. Ex: um médico que faz um diagnóstico e identifica a doença e o modo de tratá-la; o estudante que identifica o enunciado e a melhor maneira de responder a questão.
II-DEDUÇÃO OU SILOGISMO: é um raciocínio que parte de uma premissa (Ideia ou fato inicial de que se parte para formar um raciocínio ou um estudo) geral ao qual se subordinam todos os casos particulares iguais. A dedução assegura a inferência (conclui-se uma nova afirmação a partir de afirmações anteriores já conhecidas). Exemplo: A existência da pena de morte devia ser abolida porque pessoas inocentes podem ser executadas.
Analisando o argumento:
P1 – O que pode erradamente causar a morte de pessoas inocentes deve ser abolido.
P2 – Não há garantias de que sempre serão executados apenas os verdadeiros culpados.
C – Logo, a pena de morte devia ser abolida.
III-A INDUÇÃO: realiza o caminho inverso ao da dedução, pois parte de premissas particulares em busca de uma dedução. Ex: todos os líquidos expostos ao calor evaporaram. Induzimos desses casos particulares que o calor possui a propriedade de evaporar líquidos. Exemplo: Todos os cachorros conhecidos até hoje eram mamíferos. Logo, todos os cachorros são mamíferos.
IV- ABDUÇÃO ou inferência a favor da melhor explicação: é uma espécie de intuição, mas que não se dá de uma só vez, indo passo a passo até chegar a uma conclusão. A abdução é a busca de uma conclusão pela interpretação racional de sinais, indícios, signos. Ex: o modo como os detetives vão colecionando indícios e sinais, formando uma teoria para o caso que investigam.
V – ANALOGIA: é o raciocínio que usa comparações para chegar a um novo conhecimento. Ex: a) Gutenberg inventou a imprensa após observar pegadas de pés sujos em vinho. b) meu vizinho experimentou drogas por curiosidade e hoje é viciado, perdeu o emprego, largou os estudos e arruinou sua vida...logo, se eu experimentar, poderei ter o mesmo trágico destino do meu vizinho.
QUESTIONAMENTOS A RESPEITO DA RAZÃO
- RAZÃO INSTRUMENTAL: É o raciocínio baseado no princípio de que a razão deve servir apenas para dominar a natureza e os seres humanos, ou seja, deve servir apenas aos interesses da ciência, do capitalismo ou do poder político...ou seja, a razão é apenas um instrumento na mão do homem para dominar a sociedade...a razão caracteriza-se pela elaboração dos meios para obtenção dos fins...ela se hipertrofia em sua função de tratamentos dos meios, e não na reflexão objetiva dos fins.
-INATISMO: afirma que já nascemos com os princípios racionais e com algumas ideias verdadeiras (inatas); surgiu com a polêmica  teoria platônica da reminiscência (ninguém aprende nada, apenas recorda). A seu favor existe a questão dos talentos ou da vocação. Ex: o fato de muitas pessoas terem dons ou talentos para a música ou desenho, enquanto outras tem facilidade para os cálculos, ao passo que outras gostam mais da área de  humanas ou biológicas, etc.
-EMPIRISMO: seus defensores afirmam que a razão, a verdade e as ideias racionais são adquiridas por nós somente através das experiências. Antes das experiências, nossa razão é como uma folha em branco onde nada foi escrito. A razão é uma maneira de conhecer e a adquirimos por meio da experiência sensorial ao longo da nossa vida.
-CETICISMO: é a corrente filosófica que defende a ideia de que a mente humana é incapaz de conhecer a plena realidade, até que seja possível conhecê-la. A base do ceticismo é a dúvida e o questionamento, ou seja, não é a negação. O ceticismo não deve ser radical (não deve renunciar à busca da verdade), pois isto é  prejudicial ao avanço da ciência. Já o ceticismo filosófico e científico foram e são a base do avanço de todo o conhecimento, pois vivem aperfeiçoando sua busca da verdade.
-SOFISMAS OU FALÁCIAS: são raciocínios ou argumentos  logicamente errados, mas possuem a capacidade de enganar muita gente incauta, mal informada ou alienada. Exemplos:
-
O computador na escola é fundamental para o melhor desempenho dos alunos;
-O promotor no tribunal, dirigindo-se ao réu: - Diga onde você escondeu o dinheiro do roubo!


EXERCÍCIOS
1 - Identifique a causa e o efeito:
1- Podemos perder a nossa identidade cultural se não preservarmos o patrimônio histórico, material e imaterial.
2- Por terem falado alto, foram repreendidos.
3- Como você estivesse cansado, não quis contar-lhe o ocorrido.
4- Estudei muito porque o concurso seria difícil.
5- Tanto insistiu que foi promovida.
6- Como estivesse com sono, não assistiu ao último capítulo da novela.
7- O concurso foi difícil de assustar!
8- Ela não estudava porque a escola ficava longe.
9- O professor determinou que se fizesse a avaliação por necessitar apresentar nota.
10-
 A educação, a segurança, a saúde, o lazer, a moradia e outros mais são considerados direitos fundamentais de cunho social pela Constituição // exatamente por serem essenciais ao bem-estar da população no seu todo.

2 – Estabeleça uma relação de causa e consequência com os seguintes dados:
a) tecnologia e dificuldades no relacionamento familiar.
b) prazer, uso de drogas e desgraça
c) televisão e alienação
d) internet, lazer, vício
3 – ANALOGIA: a 1ª palavra de cada série tem relação lógica com a 2ª. Seguindo esse raciocínio, a 3ªpalavra deve ter relação com o espaço em branco; preencha-o corretamente.
1 Nascer         nascimento     morrer       falecimento
2  Guitarra      cordas          piano     ___________________
3  Primavera   primaveril     verão      ___________________
4  Mar             marítimo           rio       ___________________
5  Pulmão       pulmonar       rim          ___________________
6  Imperador    imperial      faraó       __________________
7  Cobre        cúprico          enxofre     __________________
8  Porco         leitão               cavalo    ___________________
9  Fome         esfomeado        sede      ____________________
10 Sol            heliocêntrico       terra      ___________________
Nas linhas de 11 até 15, escreva  4 palavras relacionadas, conforme o modelo anterior que você respondeu de 1 a 10
11
12
13
14
15

4 - Classifique os seguintes argumentos como dedutivos ou indutivos.
a) Nenhum mortal pode parar o tempo. Você é mortal. Logo, você não pode parar o tempo.
b) Frequentemente, quanto chove fica nublado. Está chovendo. Portanto está nublado.
c) Não há registros de seres humanos com mais de 5 m de altura. Nunca tivemos um ser humano com mais de 5 m de altura.
d) Se houver uma guerra nuclear, a civilização será destruída. Haverá uma guerra nuclear. Portanto, a civilização será destruída.

5 – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO, COMENTANDO SE SÃO OU NÃO SÃO FALÁCIAS
A) O candidato Anacleto da Silva bebe cachaça diariamente. Se elegermos este homem, vamos entregar nossa cidade nas mãos de um pinguço!
B) O Brasil se tornará uma grande potência porque esse é o seu destino. O país caminha rumo ao sucesso".
C) Se esta informação veio da revista Veja, não confie nela!
D) Eu sou o melhor candidato a prefeito, porque vim da pobreza e nunca fui rico".
E) A atual Lei para reduzir uso de armas de fogo merece ser suprimida porque, desde que entrou em vigor, houve aumento da criminalidade".
F) Proibir o fumo em locais públicos pode parecer bom, mas é o início do fim de nossas liberdades democráticas.
G) uma pessoa ou é boa ou é má.

quinta-feira, 1 de março de 2012

CULTURA

A CULTURA

SIGNIFICADOS: Cultura é uma palavra que possui sentidos diferentes, estando relacionada tanto com a agricultura quanto com o conhecimento humano. No nosso caso, vamos estudar as questões a respeito do conjunto de conhecimentos e de produção cultural do ser humano.
A cultura corresponde ao modo de vida de um povo ou nação, constituindo e expressando o seu modo de sentir, pensar e agir.  Esta concepção parte do princípio de que todos os povos ou grupos étnicos possuem cultura e de que nenhuma cultura é superior a outra, colocando em foco as questões da diversidade cultural e da igualdade de direitos para as diferentes culturas.
No senso comum, a cultura adquire diversos significados: seria um grande conhecimento de determinado assunto, arte, música erudita, ciência, "fulano de tal tem cultura", etc. Outras interpretações errôneas a respeito de cultura são: afirmar que certas sociedades possuem cultura, enquanto outras não, ou ainda de que há culturas inferiores e inferiores. Nessa visão equivocada, cultura seria o resultado de um conjunto formado por nascimento, posição social, riqueza, educação, acumulação de saberes, organização do Estado, incentivo à ciência, etc. Dessa maneira, a cultura se traduziria em ideias, comportamentos e organização; seria, portanto também uma questão de privilégios e política de Estado.
Para as ciências sociais, cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana. São ideias, artefatos, costumes, leis, crenças morais, conhecimento adquirido e retransmitido a partir do convívio social. Só o homem possui cultura. Seja a sociedade simples ou complexa, todas possuem sua forma de expressar, pensar, agir e sentir, portanto, todas têm sua própria cultura, o seu modo de vida. Não existe cultura superior ou inferior, melhor ou pior, mas sim culturas diferentes.
O conceito de cultura como modo de vida - o modo de sentir, pensar e agir de uma sociedade ou comunidade - aplica-se a todas as práticas, materiais e simbólicas, do grupo ou sociedade em questão: os modos de fazer, as práticas corporais, as crenças, os saberes, os gostos, os hábitos e estilos, as artes, a concepção de mundo, etc.  os conceitos de natureza, de sociedade e de humanidade,  as noções de sagrado, de proibido, de obrigatório, as relações econômicas, políticas e familiares, as religiões, as profissões.
Cultura e  identidade coletiva: Nesta acepção, como modo de vida, ou modo de sentir, pensar e agir de uma sociedade diante das situações e desafios da existência e das possibilidades de superá-los, a cultura também pode ser pensada como identidade nacional, o que permitiria falar em cultura brasileira, cultura japonesa, etc, e também em termos de identidade regional (cultura sulista, cultura nordestina etc.). A noção de cultura como identidade nacional ou como identidade regional traz consigo o conceito de diversidade cultural, que nos permite perceber que as culturas nacionais não são um conjunto monolítico e único. Assim sendo, é fundamental o respeito, a valorização e o convívio harmonioso das diferentes identidades culturais existentes dentro dos territórios nacionais, o que nos coloca diante da noção de direitos culturais.
As funções da cultura são: satisfazer as necessidades humanas; limitar normativamente essas necessidades; implica em alguma forma de violação da condição natural do homem (exemplo: paletó e gravata são incompatíveis com clima quente; privar-se de boa alimentação em prol da ostentação de um símbolo de prestígio, como um automóvel; pressão social para que tanto homens quanto mulheres atinjam o ideal de beleza física, etc.)

NATUREZA E CULTURA: Vinda do verbo latino colere (cultivar), criar, tomar conta, etc), cultura significava  o cuidado do homem com a natureza, mas também significava o cuidado do homem com os deuses, donde culto. Significava ainda o cuidado com a alma e o corpo das crianças, com sua educação e formação, donde puericultura (do latim puer “menino”; “puera”menina). A cultura era o cultivo ou a educação do espírito das crianças para se tornarem membros excelentes ou virtuosos da sociedade pelo aperfeiçoamento e refinamento das qualidades (caráter, temperamento, etc.). Com esse sentido ela correspondia ao que os gregos chamavam de paideia, a formação ou educação do corpo e do espirito dos membros da sociedade.
Nesse primeiro sentido, cultura era o aprimoramento da natureza humana pela educação em sentido amplo, isto é, como formação das crianças não só pela alfabetização, mas também pela iniciação à vida na coletividade por meio do aprendizado da dança e da ginástica (preparando-o para as atividades da guerra), e de exercícios mentais, com o aprendizado de gramática, poesia, oratória, história, ciências e filosofia (para a formação do espírito, preparando-o para as atividades políticas). Culta era a pessoa fisicamente bem preparada, moralmente virtuosa, politicamente consciente e participante, intelectualmente desenvolvida pelo conhecimento das ciências, artes, filosofia, etc.
Dessa maneira, cultura e natureza humana não se opõem, pois nós humanos somos seres tanto racionais como naturais: nossa natureza não pode ser deixada por conta própria, porque tenderá a ser agressiva, destrutiva, ignorante. Precisamos, por isso, ser educados, formados, cultivados de acordo com os ideais da sociedade. A cultura é a segunda natureza que a educação e os costumes acrescentam à natureza de cada um, uma natureza adquirida, que aperfeiçoa e desenvolve a natureza inata de cada um.
A partir do sec. XVIII, cultura passa a significar os resultados e as consequências da formação ou educação dos seres humanos, resultados expressos em obras, feitos, ações e instituições. A cultura são as técnicas e os ofícios, as artes, a religião, as ciências, a filosofia, a vida moral e a vida política ou o Estado. Torna-se sinônimo de civilização porque os pensadores julgavam que os resultados da formação-educação se manifestavam com maior clareza e nitidez nas formas de organização da vida política e social ou na vida civil.
Com o surgimento desse segundo sentido, inicia-se a separação e posteriormente a oposição entre natureza e cultura. Os pensadores passam a considerar que há entre o homem e a natureza uma diferença essencial: esta opera por causalidade necessária ou de acordo com leis necessárias de causa e efeito; o homem é dotado de vontade livre e razão, agindo por escolha, de acordo com valores e fins estabelecidos por ele próprio. Por conseguinte, a natureza é o campo da necessidade causal, ou de séries ordenadas de causas e efeitos que operam por si mesmos, sem depender da vontade de algum agente; a cultura é o campo da ação humana, onde age escolhendo seus atos, dando a eles sentido, finalidade e valor porque instituem as distinções entre bom e mau, verdadeiro e falso, útil ou nocivo, justo e injusto, belo e feio, sagrado e profano, etc.
À medida que este segundo sentido foi prevalecendo, além de civilização, cultura passou a significar também a relação que os seres humanos estabelecem com o tempo, o espaço, com outros seres humanos e com a natureza, relações que se transformam no tempo e variam conforme as condições do meio ambiente. Desta maneira, a cultura torna-se sinônimo de história.
A distinção entre natureza e cultura passa a levar em conta a maneira como o tempo se realiza: na natureza, o tempo é o da repetição (o dia sempre sucede a noite, as estações do ano se sucedem da mesma maneira, os animais se comportam da mesma maneira, etc.); na cultura, o tempo é o da transformação (mudanças nos costumes, leis, tradições, emoções, pensamentos, técnicas, vestuário, alimentação, linguagem, política, etc.).

IDEIAS ERRADAS SOBRE CULTURA:
a – Cultura no Sentido de ter, possuir:
“Fulano é muito culto, pois fala vários idiomas...”
“É claro que Sicrano não pode ser governador, pois ele não tem curso superior”


 b – Cultura no sentido de qualidade de uma coletividade:

“Os britânicos e alemães tem uma cultura superior à nossa”
“Não creio que a cultura francesa ou alemã sejam superiores à brasileira. Você acha que há alguma coisa superior à nossa mpb?”

 c –
Dois tipos de cultura:
O palestrante criticou a cultura de massa e elogiou a cultura da elite”.

TIPOS DE CONHECIMENTOS

FILOSOFIA: Os diversos tipos de conhecimentos
Conhecer é elaborar um modelo de realidade (criar, aperfeiçoar, etc.), passar a entender aquilo que gostaríamos de saber e "projetar ordem onde havia caos".  

Conhecer e pensar: Nós os humanos nos diferenciamos dos animais porque temos inteligência simbólica (ou abstrata). É através dela que o múltiplo ganha uma unicidade, a diversidade recebe certa harmonia e o vazio é preenchido por um sentido, sendo o principal deles o sentido existencial, a razão de ser da vida, o motivo pelo qual nós pensamos. A partir da abstração, passamos à prática, a materialização do que imaginamos.
Os diversos tipos de conhecimentos: Ao longo da vida, nos deparamos com esses conhecimentos. São eles:
a) O Senso Comum: é o conhecimento usado sem a necessidade de escola, curso ou universidade, sendo obtido através de experiências práticas. Engloba costumes, hábitos, tradições, normas, éticas, etc. sua importância está na praticidade, por isso é chamado também de conhecimento empírico, vulgar ou senso comum. Não é um saber descartado pela ciência. ex: o conhecimento que um pescador tem sobre os melhores dias para pescar ou a sua localização no mar sem uso de nenhum instrumento; o conhecimento que um caboclo da Amazônia tem sobre plantas, o qual é aproveitado pela ciência.
Seu lado negativo está em não ser crítico (é acrítico): aceita o que aprendeu como verdade. Não questiona nem duvida. Dessa maneira, incorpora atitudes e comportamentos intolerantes tais como o racismo, o bullying, a homofobia, o machismo, etc. obs: nem todos os que usam o senso comum são assim, isto é uma visão generalizada.
b) O conhecimento mítico: é baseado na crença de que existem modelos naturais e sobrenaturais dos quais brota o sentido de tudo o que existe. Ele ajudou e ajuda o ser humano a tentar entender um mundo onde não havia ciência para tentar explicar os assustadores fenômenos da natureza. Este conhecimento criou representações para dar um sentido a tudo, onde seres fantásticos foram os responsáveis pela razão da nossa existência. Esse conhecimento não segue uma lógica ou uma sistematização. Outro tipo de mito é o de figuras famosas da história, do bem ou do mal, dependendo da opinião individual, a quem atribui-se poderes ou dons especiais. Ex: Getúlio Vargas, Tiradentes, Hitler, Stálin, Mao Tse Tung, etc.
C) Conhecimento teológico: Diferente do mítico, o conhecimento teológico parte da compreensão e da aceitação da existência de um Deus ou de deuses, os quais constituem a razão de ser de todas as coisas. Esses seres "revelam-se" aos humanos, dando-lhes as suas verdades, as quais devem ser indiscutíveis, inquestionáveis. Se assim são, a razão é usada para compreender e divulgar esses dogmas. Esse conhecimento também serve de guia e consolo para milhões de pessoas atribuladas pelos mais diversos tipos de problemas, tais como dependência de drogas e demais vícios, doenças, miséria, desespero, desilusão da vida, etc.
d) Conhecimento filosófico: É um conhecimento baseado na especulação em torno da realidade, tendo como objetivo a busca da verdade. Por isso, diz-se que é uma atitude. Deve procurar ir à raiz das coisas, seguindo o rigor lógico que a razão exige de um conhecimento que se quer buscando a verdade. A filosofia deve buscar os "porquês" de tudo o que existe. É ativo, pois coloca o humano em busca de respostas para as inúmeras perguntas que ele próprio pode formular.
e) Conhecimento científico: É racional e produzido mediante a investigação da realidade, seja por meio de experimentos seja por meio da busca do entendimento lógico de fatos, fenômenos, relações, coisas, seres e acontecimentos que ocorrem na realidade cósmica, humana e natural.
É um conhecimento sistemático e metódico, usando a experimentação, validação e comprovação daquilo a que se quer comprovar. Seu ponto negativo é não poder afirmar como verdade muita coisa do que pesquisou com esse intuito, pois uma nova pesquisa pode reprovar ou alterar a anterior. O maior exemplo está na área da medicina, onde determinada medicação ou cirurgia, que até certo tempo atrás eram tidas como as melhores, hoje já não são mais devido ao avanço das pesquisas. Esse conhecimento também dá ao homem a possibilidade de elaborar instrumentos, os quais são utilizados para intervir na realidade e transformá-la para melhor ou para pior. Ex: bomba atômica e armas cada vez mais letais.
f) Conhecimento técnico: Seu fundamento é o saber fazer da melhor forma possível; almeja o domínio do mundo e da natureza. É especializado na aplicação de todos os outros saberes que lhe podem ser úteis. É o saber que nos auxilia a agir no mundo, levando-nos às mais diversas atividades visando à produção técnica da vida. É considerado por muitos como o conhecimento mais importante para o ser humano. Ex: os médicos, engenheiros, advogados, etc., usam esse conhecimento, ou seja, conhecimento técnico não significa um saber mediano ou de quem tem apenas o ensino médio técnico.
g) O conhecimento estético ou artístico: valorizam os sentimentos e a emoção, ou seja, busca a beleza em todos os seus sentidos, seja na aparência, na moda, música, beleza dos objetos, etc. através da busca deste saber, podemos refinar nosso gosto através das questões jamais resolvidas entre belo ou feio, brega ou chique, bom gosto ou mau gosto, bem vestido ou mal vestido, discreto ou ridículo, etc. Experimentar ou aprender sobre este conhecimento é  a finalidade maior de tudo aquilo que se produz em termos de artes e sem as quais o ser humano se menos enriquecido culturalmente.

EXERCÍCIOS:
1) Classifique as ações abaixo: senso comum (use letra a) ou científico (use letra b):
(   ) o uso de chás e remédios caseiros.
(   ) A produção da vacina de prevenção ao vírus H1N1.
(   ) A descoberta da ação das bactérias nos organismos dos animais.
(   ) A crença da força da Lua influenciando o crescimento dos cabelos.
Assinale a alternativa que traz a relação correta:
a) a, b, b, a                        
b) a, a ,b ,b                        
c) a, b, b, b
d) b, a, b, a                        
e) a, b, a, a

2) Leia os tipos de conhecimentos descritos abaixo e no final assinale a alternativa correta:
I) Conhecimento que se apoia em doutrinas que contêm proposições sagradas, por terem sido reveladas pelo sobrenatural. Parte do princípio de que as verdades tratadas são infalíveis e indiscutíveis.”
II) “Conhecimento transmitido de geração em geração por meio da educação informal e baseado na imitação e na experiência pessoal.”
III) “Conhecimento que procura responder às grandes indagações do espírito humano,buscando até leis mais universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência.”
IV) “Conhecimento obtido de modo racional, conduzido por meio de procedimentos científicos. Visa explicar "por que" e "como" os fenômenos ocorrem.”

A alternativa que corresponde aos tipos de conhecimentos descritos de cima para baixo é:
a) teológico, vulgar, filosófico, científico             
b) teológico, mítico, filosófico,  científico            
c) mítico, vulgar, estético, técnico
d) mítico, teológico, filosófico, científico             
e) teológico, técnico, estético,  científico

3) “Não me sinto obrigado a acreditar que o mesmo Deus que nos dotou de sentidos, de razão e de intelecto possa desejar que deixemos de usá-los” (Galileu Galilei)
A respeito deste pensamento de um dos maiores nomes da ciência, assinale a alternativa correta:
a) Galileu só admitia como verdade o conhecimento científico
b) Galileu não admitia o conhecimento teológico
c) Galileu só admitia o senso comum ou (empírico)
d) Galileu só admitia o conhecimento técnico
e) todas estão incorretas

4) Baseando-se no texto lido, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
a) (    ) O conhecimento é a forma teórico-prática de compreender a realidade.
b) (    ) O conhecimento científico não descarta o uso do senso comum.
c) (    ) O senso comum usa o questionamento e a dúvida.
d) (    ) A ciência pode ser definida como uma forma de investigação metódica e organizada.
e) (    ) A ciência refere-se a investigação racional ou estudo da natureza, direcionada a descoberta da verdade.
Assinale a resposta correta:
a – V V F V V                     
b – V F F V V     
c – V V V F V
d – V F V F V                     
e – V V V V V

5) O mito descreve a maravilha do universo com relatos simbólicos. É incorreto dizer que
a) os mitos nascem em um universo sagrado e encantado.
b) a função do mito é explicar de forma coerente a origem da vida, dos deuses e do universo.
c) a função do mito é acomodar o homem em um mundo assustador.
d) a narrativa mítica é simbólica e necessita ser interpretada.