Na idade média, a filosofia
foi influenciada pelo cristianismo, através dos períodos chamados de:
a- Patrística (época dos primeiros pais da igreja, os apóstolos, também chamados de padres)
b-Escolástica: ocorrida na baixa idade média, nas escolas monacais e primeiras universidades medievais,
a- Patrística (época dos primeiros pais da igreja, os apóstolos, também chamados de padres)
b-Escolástica: ocorrida na baixa idade média, nas escolas monacais e primeiras universidades medievais,
A filosofia medieval caracterizou-se pelo esforço
em tentar conciliar o cristianismo com o pensamento filosófico grego, a
fé com a razão, converter os pagãos, combater as heresias (desvios
doutrinários), etc. .
OS DOIS PRINCIPAIS FILÓSOFOS DESTA ÉPOCA SÃO:
1 –PATRÍSTICA: AGOSTINHO DE
HIPONA (354-430): Agostinho viveu na
época da decadência do império romano, embora o cristianismo já estivesse
consolidado como religião oficial do império e fosse considerado como a
verdade. Agostinho conseguiu, melhor do que qualquer outro pensador cristão,
estruturar sobre uma base racional as doutrinas cristãs. Antes de ser
cristão, foi adepto do Maniqueísmo (uma filosofia religiosa fundada
por Maniqueu, que divide o mundo simplesmente entre Bem, ou Deus, e Mal, ou o Diabo;
a matéria é má, o espírito é bom). Atualmente, maniqueísmo
significa a visão de mundo de muitas pessoas que só enxergam um lado bom e um
ruim. ex: ou você é meu amigo ou é inimigo, quem não segue a minha religião
está condenado, direita x esquerda, reacionário x progressista, etc.
A INFLUÊNCIA PLATÔNICA NO
PENSAMENTO AGOSTINIANO:
Agostinho “cristianizou” Platão,
fazendo vários paralelos entre a parte espiritualista dele (que diz existir um
mundo transcendente) e as Sagradas Escrituras.
Fez a distinção entre o corpo,
sujeito à sorte do mundo, e a alma, que é atemporal, e com a qual se pode
conhecer Deus.
FÉ E A RAZÃO : Sem a fé, a
razão não é capaz de levar à felicidade. A razão é uma auxiliar da
fé, esclarecendo e tornando inteligível aquilo que estamos tentando
entender.
Mas a razão precisa da fé
para conseguir entender questões pertinentes à fé em Deus.
FÉ E RAZÃO ANDAM
JUNTAS: Sem o uso da razão não há fé… Use a razão para saber em quem você
está pondo a sua fé…por isso, sem razão não há fé.”
Ou seja, A RAZÃO NÃO ELIMINA,
ANTES ESCLARECE A FÉ.
COMPREENDA PARA CRER: Sem
dúvida, a razão deve preceder as verdades de fé para saber se convém crer
nelas. É a razão que se encarrega disso.
CREIA PARA COMPREENDER: Usamos
a razão que precede a fé, mas é necessário usar a fé para compreender as
verdades da fé
Fé e razão se
complementam…porque se a fé busca, a inteligência encontra…
Como conhecemos? Através da:
a – Razão Inferior –
conhecimento científico (se ocupa do mundo corpóreo) Pelos sentidos – cores,
odores, sabores…( sentir não é do corpo – sim da alma)
b – Razão Superior –
conhecimento das verdades eternas – obtido pela ILUMINAÇÃO DIVINA.
ILUMINAÇÃO DIVINA: É uma
adaptação cristã da teoria platônica da reminiscência, mas de maneira
diferente: enquanto Platão afirmava que viemos de um mundo perfeito onde
conhecemos todas as verdades, Agostinho afirmava que nossa alma, por ter vindo
de Deus, já possuía dentro de si todas as verdades, pois era uma partícula
divina. ou seja, as verdades já estão no interior do ser humano, mas só são
conhecidas através da Iluminação Divina no nosso interior. Como se
chega à Iluminação divina? Através da fé em Deus: Assim se chega às verdades
eternas, e o intelecto então é capaz de pensar corretamente a ordem natural divina..
A maior indagação é saber : o
que Deus é e não se Ele é (se existe ou não): Para Agostinho, só os
homens muito depravados é que não criam na existência de Deus.
Como se prova a existência de
Deus? Para Agostinho, somente através de um encontro com Deus, pois pela
razão seria impossível, já que Deus está acima da razão, não sendo possível que
o inferior conheça ou julgue o superior. “Eu nunca pensaria que é a razão
que funda a existência de Deus e que é o raciocínio que garante que Deus deve
existir”, dizia Agostinho.
- ALMA: A alma é também chamada por Agostinho de homem interior: ela tem origem
na substância divina; por isso, é nela e por meio dela que todo
conhecimento deve ser buscado.
• O
HOMEM INTERIOR E O CONHECIMENTO:
• Para
Agostinho, Nenhum conhecimento verdadeiro pode vir de fora da nossa mente, seja
ensino, reflexão, etc. O saber sobre as formas dos seres e objetos, sobre a
matéria em geral, os conceitos geométricos e matemáticos, as virtudes, as
emoções, em resumo, todos os conhecimentos encontram-se na alma, porque
ela se origina da substância divina; isso mostra a influencia do platonismo em
Agostinho, (embora para Platão, o ser humanorelembrava (reminiscência)
o que já havia conhecido antes; no cristianismo, o conhecimento era despertado, pois estava adormecido em seu interior).
• Os
conhecimentos que temos consciência são os que já encontramos em nossas almas,
como que ativados em nossa memória. Aquilo que ignoramos também está na alma, e
simplesmente precisa ser desperto pela memória, por meio da pesquisa em nosso
mundo interior
- O MUNDO E O TEMPO: AS
DÚVIDAS DOS PAGÃOS
Como conciliar a eternidade de
Deus com a finitude temporal do mundo?
O que fazia Deus antes de
criar o mundo? É imaginável um Deus inativo?
RESPOSTA DE AGOSTINHO: DEUS É
ETERNO; ELE ESTÁ FORA DO TEMPO; CRIANDO O MUNDO, CRIOU TAMBÉM O TEMPO. SEM A
CRIAÇÃO, O MUNDO JAMAIS TERIA EXISTIDO.
FASES DO TEMPO:
Passado – tempo que não é mais
Futuro – tempo que ainda não é
Presente – É O ÚNICO QUE
EXISTE: “O tempo não existe fora de nós”
• Não
existem, fora de nós, nem o passado nem o futuro.
Conclui-se, portanto, que o futuro e passado existem na mente, como o presente.
Sendo o tempo algo característico da natureza finita e, sendo o universo inteiro de natureza finita, segue-se que o mundo teve origem no tempo e não na eternidade.
Conclui-se, portanto, que o futuro e passado existem na mente, como o presente.
Sendo o tempo algo característico da natureza finita e, sendo o universo inteiro de natureza finita, segue-se que o mundo teve origem no tempo e não na eternidade.
- BEM, MAL E LIBERDADE: Se
Deus é a causa de tudo o que acontece, como se explica o mal? Agostinho afirma
que Deus não é a causa do mal:O mal é ausência ou a falta do bem.
• O
mal é privação de uma perfeição que a substância deveria ter.
• O
mal é a falta ou a ausência do Bem
• O
mal se manifesta através de duas formas principais:
o sofrimento e a culpa. A causa do sofrimento é a culpa. E o responsável pela culpa é o homem.
o sofrimento e a culpa. A causa do sofrimento é a culpa. E o responsável pela culpa é o homem.
• Em
que consiste a culpa?
• Em
submeter a razão humana à paixão, em desobedecer às leis divinas, em afastar-se
de bem supremo.
O mal consiste em cair, em voltar as costas ao bem superior, ao bem imutável.
De onde vem esta aversão ao bem? Da liberdade: fazemos o mal pelo livre arbítrio da vontade.
O mal consiste em cair, em voltar as costas ao bem superior, ao bem imutável.
De onde vem esta aversão ao bem? Da liberdade: fazemos o mal pelo livre arbítrio da vontade.
Só onde há liberdade é que se
pode falar de bem e de mal.
– LIBERDADE
É UM BEM? Sim, é uma condição de moralidade, portanto, deve ser usada para o
bem e não para o mal.
– E A
CULPA ? É o mal original: necessita da graça divina para fazer o bem
– A CIDADE DE DEUS: Foi talvez sua maior obra, onde
Agostinho adota a postura de um filósofo em busca de um sentido unitário e
profundo da história. Na obra, Agostinho define que existem no mundo duas
cidades:
A – A Cidade dos
Homens: É a cidade terrena, onde reinam os seres humanos egoístas,
avarentos, incrédulos, hipócritas, preconceituosos, intolerantes,
mentirosos, cruéis, blasfemos, ladrões, corruptos, orgulhosos, etc. É a cidade
que caminha para a condenação.
B – A cidade de Deus: É a
cidade onde os seres humanos são humildes, perdoam, são crédulos, tolerantes,
dizem a verdade, são honestos, prestativos, perdoam, etc. é a cidade onde as
pessoas amam a Deus até ao desprezo de si mesmos (estes são a cidade de Deus).
ALGUNS PENSAMENTOS DE
AGOSTINHO:
• O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a fonte de
todos os vícios.
• “A medida do amor é amar sem medida
• Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me
elogiam, porque me corrompem.
• Prefiro
os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me
corrompem.
• Se
não podes entender, crê para que entendas. A fé precede, o intelecto segue.
• O
mundo é um livro, e quem fica sentado em casa lê somente uma página.
• A
medida do amor é amar sem medida.
• Tenho
mais compaixão do homem que se alegra no vício, do que pena de quem sofre a privação
de um prazer funesto e a perda de uma feliceidade ilusória
• Há
pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras, para
alcançarem fama, e isso é vaidade; outras, para enriquecerem com a sua ciência,
e isso é um negócio torpe; outras, para serem edificadas, e isso é prudência;
outras, para edificarem os outros, e isso é caridade”
• Fizeste-nos,
Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti.
2 – A ESCOLÁSTICA:
ANTES DE INICIARMOS, É PRECISO ESCLARECER QUE A IDADE MÉDIA NÃO FOI JAMAIS A IDADE DAS TREVAS. A História, assim como a Filosofia e todas as ciências tem um compromisso com a verdade e não com as ideologias de um determinado grupo de pensadores ou com o que o Senso Comum afirma.
ANTES DE INICIARMOS, É PRECISO ESCLARECER QUE A IDADE MÉDIA NÃO FOI JAMAIS A IDADE DAS TREVAS. A História, assim como a Filosofia e todas as ciências tem um compromisso com a verdade e não com as ideologias de um determinado grupo de pensadores ou com o que o Senso Comum afirma.
A Igreja, durante a Idade
média, teve seus erros (mas, afinal quem é que não erra?). O que muitos não
sabem, ou sabem e não querem divulgar ou reconhecer é que a Igreja (na época
não se chamava Igreja Católica, apenas Igreja), contribuiu significativamente
para o avanço da ciência e do progresso material.
Durante a Idade média, no período chamado de baixa idade média, houve vários avanços tecnológicos tais como:
-o uso de ferraduras
-a introdução do arado de ferro
-a invenção dos óculos, da aquicultura, do afolhamento trienal (rotação de culturas), o relógio mecânico, notação musical, arquitetura gótica, tintas a óleo, escolas, universidades, início da pesquisa científica, etc.
Além disso, as mulheres tinham também seu espaço, pois passaram a estudar nas escolas, aprendendo letras, medicina, grego, hebraico, gramática, aritmética, geometria, música e até cirurgia.
A Idade Média deu o impulso para o aprofundamento do saber científico. Por determinação do Concílio de Latrão (1179), toda Igreja estava obrigada a ter, junto de si, uma escola, que se encarregava de preparar a criança para o ingresso na Universidade.
A primeira universidade do mundo foi fundada pela Igreja em Bolonha (1088); Outra famosa universidade de origem católica foi a de Paris, fundada em 1200.
•Até 1440 foram erigidas na Europa 55 Universidades e 12 Institutos de ensino superior, onde se ministravam cursos de Direito, Medicina, Línguas, Artes, Ciências, Filosofia e Teologia, todas fundadas pela Igreja
Durante a Idade média, no período chamado de baixa idade média, houve vários avanços tecnológicos tais como:
-o uso de ferraduras
-a introdução do arado de ferro
-a invenção dos óculos, da aquicultura, do afolhamento trienal (rotação de culturas), o relógio mecânico, notação musical, arquitetura gótica, tintas a óleo, escolas, universidades, início da pesquisa científica, etc.
Além disso, as mulheres tinham também seu espaço, pois passaram a estudar nas escolas, aprendendo letras, medicina, grego, hebraico, gramática, aritmética, geometria, música e até cirurgia.
A Idade Média deu o impulso para o aprofundamento do saber científico. Por determinação do Concílio de Latrão (1179), toda Igreja estava obrigada a ter, junto de si, uma escola, que se encarregava de preparar a criança para o ingresso na Universidade.
A primeira universidade do mundo foi fundada pela Igreja em Bolonha (1088); Outra famosa universidade de origem católica foi a de Paris, fundada em 1200.
•Até 1440 foram erigidas na Europa 55 Universidades e 12 Institutos de ensino superior, onde se ministravam cursos de Direito, Medicina, Línguas, Artes, Ciências, Filosofia e Teologia, todas fundadas pela Igreja
A ESCOLÁSTICA surge nessa
época, onde havia muitas divergências a respeito de questões de ordem
teológicas (ou não). Foi esse espírito do debate que acabou dando origem à
corrente de atividades intelectuais, artísticas e filosóficas a que se
convencionou chamar de Escolástica (do latim schola)
É no século 12 que vê essa
valorização do saber refletida na criação das universidades e na ascensão da
classe letrada. O monge agostiniano santo Anselmo desponta como o
primeiro escolástico, seguido por Pedro Abelardo,
Pedro Lombardo e Hugo de São Vítor.Os estudantes das principais universidades
precisavam passar por exames que envolviam a disputa oral de argumentos, sempre
regida pelo uso da lógica formal e intermediada por um mestre. Pedro Abelardo
se inspirou nesse método dialético e o aprofundou em sua obra Sic et Non,
que virou referência para a resolução de problemas a partir da sucessão de
afirmações e negações sobre um mesmo tópico.
Na segunda metade do século 12
chegam às universidades as traduções hispânicas de versões árabes das obras
de Aristóteles.
É o grande choque cultural que muda o rumo do Ocidente e que catapulta a Escolástica para a sua “era de ouro” no século 13. Os mestres universitários adquirem fama e importância, os livros se multiplicam…a ciência toma novo impulso…Robert Grosseteste e seu discípulo Roger Bacon trabalham a ideia de pesquisa científica, idealizando experimentos.
É o grande choque cultural que muda o rumo do Ocidente e que catapulta a Escolástica para a sua “era de ouro” no século 13. Os mestres universitários adquirem fama e importância, os livros se multiplicam…a ciência toma novo impulso…Robert Grosseteste e seu discípulo Roger Bacon trabalham a ideia de pesquisa científica, idealizando experimentos.
1 – OBSERVAÇÕES DE AQUINO SOBRE FÉ E RAZÃO: Tomás
de Aquino é considerado o maior representante da Escolástica. Para Aquino, fé e
razão são modos diferentes de conhecer. A razão aceita a verdade por causa
de suas evidências lógicas. A Fé aceita a verdade por causa da autoridade
de Deus revelante. Portanto, a filosofia e a teologia, embora diferentes, não
podem contradizer-se, porque Deus é autor de ambas. Logo, verdade e razão não
podem entrar em conflito com a verdade revelada.
Existe um domínio comum à fé e à razão. Este domínio é a realidade do mundo sensível (o mundo em que nós vivemos), morada humana, que a razão pode conhecer, porque a realidade sensível oferece à razão os vestígios, mesmo que imperfeitos, da substância de Deus.
Existe um domínio comum à fé e à razão. Este domínio é a realidade do mundo sensível (o mundo em que nós vivemos), morada humana, que a razão pode conhecer, porque a realidade sensível oferece à razão os vestígios, mesmo que imperfeitos, da substância de Deus.
A verdade jamais pode
contradizer a verdade. Para Aquino, é possível, através da razão, chegar ao
conhecimento de Deus.
- DUPLA NATUREZA HUMANA: Na hierarquia das
criaturas, o homem é um ser dotado de duplo compromisso: Possuindo alma,
pertence aos seres imateriais, mas não é uma inteligência pura pois
encontra-se ligado a um corpo
A alma humana é, assim, um
horizonte onde se tocam o mundo dos corpos e o dos espíritos.
Por essa dupla natureza é que o homem pode
conhecer (já que é alma), mas não pode ter contato direto com o inteligível
(pois é também corpo).Deus, como Ser Absoluto, sem nenhum limite, não é
alcançado devidamente pela inteligência humana
2 – A QUESTÃO DA EXISTÊNCIA
EM ATO E POTÊNCIA (inspirado em Aristóteles):
Todas as criaturas existem em ato e potência
ATO: Consiste na existência de uma coisa. É a atualidade de uma matéria, isto é, sua forma num dado instante do tempo;É a forma que atualiza uma potência contida na matéria.
Exemplos: você existe em ato como jovem adolescente. Como você tem potencial para amadurecer, daqui a dez anos, existirá em ato como jovem adulto. Hoje, você é estudante de um curso técnico, amanhã será um técnico; hoje você estásolteiro(a), amanhã estará casado(a).
OUTRO EXEMPLO: Dois contrários não podem existir em ato, segundo a lei da não contradição. O BEM NÃO PODE SER BEM E MAL AO MESMO TEMPO.
ATO: Consiste na existência de uma coisa. É a atualidade de uma matéria, isto é, sua forma num dado instante do tempo;É a forma que atualiza uma potência contida na matéria.
Exemplos: você existe em ato como jovem adolescente. Como você tem potencial para amadurecer, daqui a dez anos, existirá em ato como jovem adulto. Hoje, você é estudante de um curso técnico, amanhã será um técnico; hoje você estásolteiro(a), amanhã estará casado(a).
OUTRO EXEMPLO: Dois contrários não podem existir em ato, segundo a lei da não contradição. O BEM NÃO PODE SER BEM E MAL AO MESMO TEMPO.
POTÊNCIA: uma matéria só poderá se transformar em outra
mediante uma movimentação impulsionada por uma energia (potência)
POTÊNCIA é a aptidão de um ser para tornar-se ou
receber qualquer coisa.
Exemplos: Você tem potencial para mentir ou dizer a verdade, mas não pode estar mentindo e dizendo a verdade ao mesmo tempo.
A criança tem potência para ser um adulto; a água em aquecimento está em potência para tornar-se vapor. Você tem o potencial para envelhecer e morrer
OBS: Em Deus não há potência; Deus não pode mudar, não pode hoje falar a verdade e amanhã mentir. Ele é ato perfeito, puro, motor imóvel; Deus não é Potência porque é imutável.
Exemplos: Você tem potencial para mentir ou dizer a verdade, mas não pode estar mentindo e dizendo a verdade ao mesmo tempo.
A criança tem potência para ser um adulto; a água em aquecimento está em potência para tornar-se vapor. Você tem o potencial para envelhecer e morrer
OBS: Em Deus não há potência; Deus não pode mudar, não pode hoje falar a verdade e amanhã mentir. Ele é ato perfeito, puro, motor imóvel; Deus não é Potência porque é imutável.
Deus, como Ser Absoluto, sem nenhum limite, não é
alcançado devidamente pela inteligência humana, senão por meio de
analogias
AS CINCO VIAS DE TOMÁS DE
AQUINO: Aquino formulou cinco vias para tentar provar a existência de Deus
através do uso da razão. São elas:
1ª- O PRIMEIRO MOTOR: No
universo existe movimento. Todo movimento tem uma causa, que podemos
chamar de motor. Por outro lado, o próprio motor deve ser movido por um outro,
este por um terceiro, e assim por diante.
Nessas condições é necessário
admitir que:
1 – ou a série de motores é infinita, ou seja, sempre esteve em movimento (o que é Impossível);
2 – ou que a série é finita e seu primeiro motor é Deus.2ª- CAUSA EFICIENTE: Todas as coisas ou são causas, ou são efeitos; Nenhum ser pode ser a causa de si mesmo. Nesse caso, ela seria causa e efeito ao mesmo tempo, sendo, assim, anterior e posterior, o que seria absurdo.
Toda causa, por sua vez, é causada por outra, e esta por uma terceira, e assim sucessivamente. Conclui-se que exista uma primeira causa não causada (Deus), ou aceitar uma série infinita e não explicar a causalidade.
1 – ou a série de motores é infinita, ou seja, sempre esteve em movimento (o que é Impossível);
2 – ou que a série é finita e seu primeiro motor é Deus.2ª- CAUSA EFICIENTE: Todas as coisas ou são causas, ou são efeitos; Nenhum ser pode ser a causa de si mesmo. Nesse caso, ela seria causa e efeito ao mesmo tempo, sendo, assim, anterior e posterior, o que seria absurdo.
Toda causa, por sua vez, é causada por outra, e esta por uma terceira, e assim sucessivamente. Conclui-se que exista uma primeira causa não causada (Deus), ou aceitar uma série infinita e não explicar a causalidade.
3ª- SER NECESSÁRIO E SERES CONTINGENTES (ETERNO E
TEMPORÁRIOS): Todos os seres mudam (ser e não ser, existir e não existir). Hoje
nós existimos, mas amanhã estaremos mortos. Se hoje eu existo e amanhã não,
significa que sou contingente (passageiro, temporário). Logo, é impossível que
algum ser contingente tenha sempre existido. Logo, é preciso que haja um
ser que nunca tenha deixado de existir para que fundamente a existência dos
seres contingentes.
4ª – GRAUS DE PERFEIÇÃO: Há
uma ordem hierárquica de perfeição nos objetos e seres criados. Por exemplo: as
plantas são mais Perfeitas que os minerais, os animais são mais perfeitos que
as plantas; os homens são mais perfeitos que os animais. Portanto, “ao
querer a diversidade dos seres, Deus quis simultaneamente a perfeição do
mundo em seu conjunto”. Entre dois produtos iguais, preferimos o que tem
melhor qualidade, entre dois trabalhos, valorizamos mais o melhor, entre dois
profissionais, também. Ou seja, trazemos conosco essa busca pela Perfeição,
seja justiça, honestidade, verdade, ética, etc. Se nós, que somos seres
imperfeitos e falhos, temos esse ideal, de onde ele teria vindo, Senão de
Deus, que é perfeito?
5ª – INTELIGÊNCIA ORDENADORA
(FINALIDADE): A Natureza e o universo não possuem inteligência, mas agem como
se tivessem, ou como se tivessem uma determinada finalidade; Existe algo como
uma inteligência movendo-a, controlando-a para que atue sempre da mesma
maneira. Ora, tudo o que não tem inteligência não pode se mover em direção a um
fim, a menos que seja dirigido por algum ser ou algum comando previamente dado.
Por isso existe algum ser inteligente que dirige todas as coisas para o seu
fim. Este ser nós chamamos Deus.
Espiritos a frente na sabedoria
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