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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

ETEMAC NO ENEM 2012: PARABÉNS!

Parabéns aos estudantes da ETEMAC pelos excelentes resultados alcançados no ENEM 2012. 



domingo, 24 de novembro de 2013

AVALIAÇÃO IV UNIDADE 2013 - FILOSOFIA E SOCIOLOGIA 1º e 2º ANOS

1ºs ANOS: 
FILOSOFIA: PLATÃO (Paginas 139, 326,327)
1-Explique a diferença entre os conhecimentos sensível e inteligível
2 -Explique o mito ou alegoria da caverna
3 – Comente sobre a importância do uso do raciocínio, segundo a filosofia platônica
4 – Explique como era a estrutura do ser humano, segundo Platão
5 – Comente sobre a posição de Platão em relação à justiça e a pólis (qual era a justiça ideal e a pólis ideal)

SOCIOLOGIA: ESTRUTURA E ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL (Páginas 68 a 71 , 75, 80,84)
1 – Comente sobre dois dos diversos elementos que formam a estrutura social
2 – Explique o sistema de castas e se é justo ou não, do ponto de vista democrático
3 – Explique a sociedade estamental e a questão da reciprocidaded, suserania e vassalagem
4 – Leia o texto da página 80 sobre a necessidade funcional da estratificação e faça um comentário (mínimo cinco linhas)
5 – Leia o texto da página 84 sobre desigualdade entre homens e mulheres e
responda comentando à seguinte pergunta:
- Esta discriminação é uma construção histórica e cultural ou ela é natural?

2ºs ANOS:
FILOSOFIA:THOMAS HOBBES (Paginas 345 a 347)
1-Explique o estado da natureza, segundo Hobbes
2 -Explique a expressão de Hobbes “o homem é o lobo do homem”
3 – Explique a ideia do contrato social segundo Hobbes
4 – Explique o que era o jusnaturalismo
5 – Explique a ideia que Hobbes tinha a respeito de como deveria ser e agir o soberano

SOCIOLOGIA:DIREITOS HUMANOS (Páginas 136 a 140)
1 – Explique a ideia de igualdade segundo Locke, Rousseau e Marx
2 – Explique e exemplifique direitos civis, direitos políticos e direitos sociais
3 – Dentre os direitos civis, políticos e sociais, qual deles seria o mais importante, na sua opinião, ou não se deve privilegiar uns e restringir outros? Responda argumentando.
4 – Nas ditaduras socialistas, os direitos civis e políticos foram quase todos extintos, restando apenas os direitos sociais. Emita sua opinião a esse respeito.
5 – Um argumento usado pelos defensores do aborto é que o corpo do ser humano a ele pertence, inclusive o suicídio (no Brasil, suicídio não é e nunca foi crime), pois o seu corpo é sua propriedade e, por isso, somos livres para fazer o que quisermos com ele. Este argumento é usado para relativizar a vida humana em relação ao aborto. Analise a analogia e comente a favor ou contra: Se uma mulher tem direito a abortar porque o corpo é seu, então, teremos de aceitar que uma mulher que esteja em sua casa (sua propriedade) possa matar seu filho e ser inocentada.


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

3º ANOS FILOSOFIA DE KANT

Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo prussiano, considerado um dos maiores filósofos da era moderna e da própria história.
Principais obras: Crítica da Razão Pura (um estudo sobre os limites do conhecimento), Fundamento da Metafísica dos Costumes e Crítica da Razão Prática (onde analisa questões sobre a moral) e Crítica do Juízo (onde analisa questões da estética).
A obra kantiana é extremamente complexa. Ele “[...] discriminava três faculdades da mente humana: conhecer, julgar, querer”. Sua preocupação está em compreender todo o processo do conhecimento humano e como este influi no cotidiano.
Kant é citado na filosofia como aquele que realizou uma espécie de “Revolução copernicana”, no sentido de questionar a maneira pela qual os filósofos afirmavam chegar ao conhecimento da realidade a partir do inatismo e do empirismo. Antes de tudo, afirmava Kant, era necessário que houvesse um estudo sobre a própria capacidade de conhecer, ou seja, da razão, e que era preciso mostrar que a razão não depende das coisas nem é regulada por elas, mas, ao contrário, as coisas dependem e são reguladas pela razão.

A CRÍTICA AO EMPIRISMO E INATISMO: Para Kant, os filósofos inatistas (ou racionalistas) e empiristas erravam na busca do conhecimento porque, em vez de procurar saber o que é conhecer, pensar, o que é a verdade ou em que condição chegou ao conhecimento, preferiam afirmar o que era a realidade (natureza e a alma), dizendo que ela é racional e pode ser inteiramente conhecida pelas ideias da razão.
Ou seja, colocaram a realidade ou os objetos do conhecimento no centro e fizeram a razão girar em torno dela, quando, na realidade, deveria ser o contrário. Em outras palavras, os conhecimentos eram regulados pelos objetos, quando deveria ser o contrário: os objetos serem regulados pelo conhecimento.
Com a revolução copernicana kantiana, uma distinção muito importante passou a ser feita na Filosofia: a distinção entre juízos analíticos e juízos sintéticos. 



ERRADO:
                                     ________________________________________      
                                    I              Razão ou sujeito do conhecimento              I
                                    I       __________________________________      I
                                    I       l                                                                     I    I
                                    I       I   Realidade ou objetos do conhecimento     I    I
                                    I       I_________________________________  l     I
                                    I________________________________________ I


CERTO:
                                     ________________________________________      
                                    I          Realidade ou objetos do conhecimento          I
                                    I       _________________________________        I
                                    I       l                                                                  I      I
                                    I       I       Razão ou sujeito do conhecimento     I      I
                                    I       I________________________________  l      I

                                    I_______________________________________   I



TEORIA DOS JUÍZOS
Um juízo é um ato mental de julgamento pelo qual atribuímos a alguma coisa certas propriedades e lhe recusamos outras. O juízo estabelece uma relação determinada entre dois termos (um sujeito e um predicado) e se exprime por meio de uma proposição cuja forma mais simples é S é P, S não é P. Um juízo é verdadeiro quando o predicado afirma ou nega do sujeito exatamente o que a coisa é. Um juízo é falso quando não há essa correspondência.

JUÍZO ANALÍTICO:
Um juízo é analítico quando o predicado ou os predicados do enunciado nada mais são do que a explicitação do conteúdo do sujeito do enunciado. Exemplos: 1 - o triângulo é uma figura de três lados, o predicado “três lados” nada mais é do que a análise ou a explicitação do sujeito “triângulo”. 2 - Todos os corpos são extensos (o predicado extenso não acrescenta nenhum novo conhecimento sobre o sujeito, apenas explica o conceito sobre o sujeito). 3 - O calor é uma medida de temperatura dos corpos.
No juízo analítico podemos dizer que o predicado é um sinônimo do sujeito ou que ele analisa o conteúdo do sujeito. 4 – Todo corpo possui massa (independente do local que o corpo se encontra no universo ele continuará possuindo massa, pois a partir do momento que o corpo não mais possui-la, na verdade não será mais um corpo, portanto é necessário e universal "a priori").

Juízo analítico:
-
É explicativo, pois nada exprime no predicado que já não tenha sido pensado no conceito de sujeito.
- O predicado do enunciado nada mais é do que a explicitação do conteúdo do sujeito enunciado.
- O predicado é um sinônimo do sujeito ou ele analisa o conteúdo do sujeito.
- É “a priori”

JUÍZO SINTÉTICO:
Ocorre quando entre o sujeito e o predicado se estabelece uma relação na qual o predicado me dá informações novas sobre o sujeito, ou seja, há uma síntese entre o predicado e o sujeito. Exemplos: 1 - o calor é a causa da dilatação dos corpos (o predicado “causa da dilatação” não está analiticamente contido no sujeito “calor”. Se eu dissesse que o calor é uma medida de temperatura dos corpos, o juízo seria analítico, mas quando estabeleço uma relação causal entre o sujeito e o predicado, como no caso da relação entre “calor” e “dilatação dos corpos”, tenho uma síntese, algo novo me é dito sobre o sujeito através do predicado).
2 – Alguns corpos são mais pesados (o predicado acrescenta algo novo ao sujeito).

Juízo sintético:
-
O predicado oferece informações novas sobre o sujeito
- Formula uma síntese entre um predicado e um sujeito.
- Juízo sintético é ampliativo, pois aumenta nosso conhecimento.
- É “a posteriori”


JUÍZO SINTÉTICO “A PRIORI”: 
Para Kant, os juízos analíticos são verdades da razão e os juízos de fato são verdades de fato (ou seja, é uma relação entre termos que depende dos acontecimentos ou dos fatos e que requer a experiência para ser conhecido). No entanto, os fatos estão sob a suspeita, por serem hábitos associativos e repetitivos de nossa mente, baseados na experiência sensível e, portanto, um juízo sintético jamais poderia pretender ser verdadeiro de modo universal e necessário.
Para resolver esse problema, Kant introduz a ideia de juízos sintéticos a priori, isto é, de juízos sintéticos cuja síntese depende da estrutura universal e necessária de nossa razão e não da variabilidade individual de nossas experiências.
S
e não existissem juízos deste tipo não poderíamos falar de conhecimento científico. Os analíticos são tautológicos, não cognitivos, pois, apesar de universais e necessários (a priori), não fazem mais do que explicitar o que já existe no conceito do sujeito e dele não nos fazem sair. Os juízos sintéticos a posteriori fazem-nos sair do conceito, pois acrescentam-lhe algo que ele não contém por si, mas, embora aumentem o nosso conhecimento, não nos fornecem senão um conhecimento factual, empírico, contingente, em suma, não científico.
Os juízos sintéticos a priori não serão juízos analíticos porque aumentarão o nosso conhecimento nem juízos a posteriori porque serão absolutamente universais e necessários, de validade independente da experiência.
Exemplo de Kant: "Todo o acontecimento tem uma causa." O juízo é sintético, pois o predicado (tem uma causa) não está contido no conceito de acontecimento. O predicado só estaria contido no sujeito se em vez de acontecimento falássemos de efeito: "Todo o efeito tem uma causa." As experiências são limitadas ao aqui e agora (raciocínio indutivo), ou seja, não podemos dizer: "todos os acontecimentos" porque não temos a possibilidade de intuição empírica de todos os fenômenos, passados, atuais e futuros. Além disso, dizer que "tudo o que acontece tem uma causa" é afirmar que todos os acontecimentos passados, presentes e futuros tiveram, têm e terão uma causa. Este juízo necessário não pode derivar da experiência: não é, portanto, um juízo sintético a posteriori, mas sim sintético a priori.

A RAZÃO
Em sua obra
Crítica da Razão Pura, Kant afirmava que os filósofos, até então, examinavam os conhecimentos que a razão alcança, em vez de examinar as condições nas quais o conhecimento racional é possível. O termo Razão pura significa o exame da razão antes das informações oferecidas pela experiência. Para Kant, todos os nossos conhecimentos começam com a experiência, mas não é verdade que todos provenham dela.
Mas embora todo o nosso conhecimento comece com a experiência, nem por isso todo ele se origina justamente da experiência”. Pois poderia bem acontecer que mesmo o nosso conhecimento de experiência seja um composto daquilo que recebemos por impressões e daquilo que a nossa própria faculdade de conhecimento (apenas provocada por impressões sensíveis) fornece de si mesma, cujo aditamento não distinguimos daquela matéria-prima antes que um longo exercício nos tenha tornado atentos a ele e nos tenha tornado aptos à sua abstração. (Kant, 1987, p. 1).

Para Kant, a razão é uma estrutura vazia, uma forma pura sem conteúdo, universal para todos os seres humanos. Ao mesmo, tempo, ela é inata e empírica. É inata porque não é adquirida pela experiência (ou seja, é a priori). É empírica porque os conteúdos que adquire dependem da experiência (a posteriori).
A razão fornece a forma do conhecimento. A experiência fornece os conteúdos do conhecimento.
O erro dos inatistas: supor que os conteúdos são inatos.
O erro dos empiristas: supor que a estrutura da razão (a forma) é adquirida ou causada pela experiência.
O que é o conhecimento racional? É a síntese que a razão realiza entre uma forma universal inata e um conteúdo vindo da experiência.
Forma universal inata + conteúdo vindo da experiência = conhecimento racional.

Estrutura da razão:
é constituída por três estruturas a priori:
1 – Sensibilidade: percepção sensível ou sensorial
2 – Entendimento: intelecto ou inteligência
3 – Estrutura ou forma da razão propriamente dita: quando não se relaciona nem com os conteúdos da sensibilidade nem com os do entendimento, mas apenas consigo mesma.
Se a razão está separada da sensibilidade e do entendimento, não conhece nada. A função da razão é controlar, regular a sensibilidade e o entendimento. A razão é reguladora da atividade do sujeito do entendimento.

1- Sensibilidade:
é o primeiro passo para se chegar ao conhecimento. O objeto é apresentado primeiramente à sensibilidade para depois ser pensado pelo entendimento. Percepções, realidade espacial (figuras, dimensões, grandezas), realidade temporal (percepção das coisas como simultâneas ou sucessivas, imediatas ou sequenciais). Para Kant, não percebemos o tempo, mas as experiências do passado, presente e futuro nos levam a percebem que o tempo está passando.
Ou seja, temos em nós, aprioristicamente, uma organização espaçotemporal.
2 – Entendimento:
organiza os conteúdos (percepções) enviados pela sensibilidade; essa organização transforma as percepções em conhecimentos intelectuais ou conceitos.
O entendimento possui a priori um conjunto de elementos que organizam os conteúdos empíricos, chamados de
categorias. Ou seja, para Kant, categorias é um conjunto de elementos do entendimento que organizam os conteúdos.
3 – Estrutura ou forma da razão propriamente dita:
ocorre quando ela não se relaciona nem com os conteúdos do entendimento nem com os da sensibilidade, mas apenas consigo mesma. A função da razão é a de regular a sensibilidade e o entendimento

CATEGORIAS:
Quais são as categorias que organizam os dados da experiência? Qualidade e quantidade, causalidade e finalidade, verdade e falsidade, universalidade e particularidade. Assim, longe de a causalidade, a qualidade e a quantidade serem resultados de hábitos psicológicos associativos, eles são os instrumentos racionais com os quais o sujeito do conhecimento organiza a realidade e a conhece. As categorias, estruturas vazias, são as mesmas em toda época e em todo lugar, para todos os seres racionais.

Tábua de categorias:
QUANTIDADE
QUALIDADE
RELAÇÃO
MODALIDADE
Unidade
Realidade
Subsistência
ou Substância
Possível / Impossível
Pluralidade
Negação
Causalidade
ou Dependência
Existência / Inexistência
Totalidade
Limitação
Comunidade ou Reciprocidade entre termos
Necessidade / Contingência

Kant afirma que a razão e o sujeito do conhecimento possuem estas estruturas como meio do conhecimento. A razão não está nas coisas ou objetos, mas está em nós. A razão é sempre objetiva e não pode pretender conhecer a realidade tal como ela seria em si mesma, nem pretender que exista uma razão objetiva governando as próprias coisas.

Kant afirma que a realidade que conhecemos filosoficamente e cientificamente não é a realidade em si das coisas, mas a realidade tal como é estruturada por nossa razão, tal como é organizada, explicada e interpretada pelas estruturas a priori do sujeito do conhecimento. A realidade são nossas ideias verdadeiras e o kantismo é um idealismo



A MORAL KANTIANA
A doutrina moral de Kant é independente de princípios religiosos, excluindo a noção de intenção como elemento de uma alma pura, onde o dever não é uma obrigação a ser seguida em virtude da exigência de uma divindade. Intenção e dever, para Kant, estão presentes no interior de todos os seres humanos, em todos os tempos e em todos os lugares. Assim, todo ser saudável possui tal aparato, formado por três campos: a razão, o entendimento (categorias) e a sensibilidade (formas puras da intuição-espaço e tempo).
Em Kant, a razão é que preserva os princípios que articulam intenção e dever conforme a autonomia do sujeito. Desse modo segue-se que tais princípios não podem ser negados sem autocontradição. Daí deriva a ideia de liberdade kantiana, de um caráter sintético a priori, sendo que sem liberdade não pode haver nenhum ato moral; para sermos livres, precisamos ser obrigados pelo dever de sermos livres.

IMPERATIVO CATEGÓRICO: É um termo criado por Kant referente às questões morais e éticas. Para ele, o ser humano já possuía leis morais em seu interior. Todo sujeito é racional (tem raciocínio lógico), por isso tem condição de sujeito moral, dotado de normas. Exercer uma ação contrária levaria ao absurdo. Kant cita o exemplo da mentira, onde alguém mentiria em benefício próprio, de um ente querido, ou mesmo em favor da humanidade. Kant afirma que a mentira jamais poderia ser universalizada sem autocontradição, pois criaria um clima de desconfiança, levando as pessoas a agir da mesma maneira, enganando, trapaceando, etc.
Para Kant, todos os indivíduos possuem um alarme na consciência moral alertando que essa ação deve ser refutada. Assim, consultando a razão pura prática (como deveria alguém agir na minha situação?), constataremos que se todos se utilizassem dessa ação, o mundo seria um verdadeiro caos.
O imperativo categórico em Kant é uma forma a priori, pura, independente do útil ou prejudicial. É uma escolha voluntária racional, por finalidade e não causalidade. Superam-se os interesses e impõe-se o ser moral, o dever. O dever é o princípio supremo de toda a moralidade (moral deontológica). Dessa forma uma ação é certa quando realizada por um sentimento de dever. A razão é a condição a priori da vontade, por isso independe da experiência.


 A BOA VONTADE
Segundo Kant, a moral baseada na boa vontade é a única coisa que pode ser considerada como boa em si mesma, absoluta e incondicionada. "De todas as coisas que podemos conceber neste mundo ou mesmo, de maneira geral, fora dele, não há nenhuma que possa ser considerada como boa sem restrição, salvo uma 'boa vontade'" (KANT, 1991).
Para Kant, a boa vontade, enquanto princípio que orienta as ações humanas, não busca fazer o bem com a intenção de obter benefícios pessoais, mas age simplesmente na pura intenção de fazer o bem, já que é um dever. Quando a mesma intenção se afirma como um valor em si mesmo, independentemente das conseqüências, ela surge para nós como um bem absoluto e incondicionado. Desta maneira, não aplica a ela limites e qualidades, mas implica dizer que ela não sofre alterações, ou seja, ela é estável.  



EXERCÍCIO:
1- Por que Kant criticava os empiristas e os racionalistas (inatistas)?
2-Explique a diferença entre os juízos analítico, sintético e sintético "a priori"
3 - Um menino, a pedido de sua mãe, foi de manhã à padaria para comprar pães. O comerciante, como estava em dificuldades financeiras, cobrou trinta centavos a mais pelos pães, considerando que este dinheiro por certo não faria falta a uma criança da aparência tão saudável. No início da noite, o pai do menino voltou à padaria para comprar leite, e equivocou-se ao pagar o comerciante, dando-lhe cinquenta centavos a mais. O comerciante, no entanto, prontamente restituiu ao freguês a diferença, considerando que o pai do menino era fiscal da prefeitura e que, em qualquer caso, seria conveniente manter boas relações com as autoridades locais.

Em conformidade com o pensamento kantiano, responda as três questões:
a)Por que a primeira atitude do comerciante (em relação ao menino) é contrária ao dever e imoral?
b)Por que a segunda atitude do comerciante (em relação ao pai do menino) é conforme ao dever, mas mesmo assim imoral?

c)De acordo com o pensamento de Kant, cite, para o caso 1 (relativo ao menino) e para o caso 2 (relativo ao pai do menino), uma regra que o comerciante poderia ter seguido para agir moralmente.

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luciannobarros@yahoo.com.br








domingo, 1 de setembro de 2013

MUDANÇA SOCIAL

Conceito geral: é toda transformação que altera a estrutura ou o funcionamento da organização social de determinada sociedade, modificando o curso de sua história. 
De uma maneira geral, a ideia de mudança social está  associada ao progresso, embora isso nem sempre ocorra. As mudanças sociais podem ocorrer também para piorar a situação de uma sociedade.

Exemplos: 
1-PIOROU:
-Na Venezuela: fome e miséria de milhões de pessoas após a implantação da ditadura de Hugo Chavez e Nicolas Maduro
-em Cuba: uma ditadura que já dura mais de 60 anos, onde há censura, presos políticos, monopartidarismo, etc.
-Síria: a guerra civil na Síria que já dura mais de dez anos
-União Soviética: os milhões de mortos após a implantação da ditadura marxista (entre 1917 e 1991)
-China: os milhões de mortos após a implantação da ditadura marxista, em 1949.

2-MELHOROU:
-as revoluções industriais ocorridas ao longo do tempo, as quais geraram os seguintes benefícios:
- Geração de emprego e renda para milhares de pessoas que não tinham nenhuma opção de sobrevivência. Muitos, inclusive, abandonaram seu pequeno lote de terra no campo e partiram em busca de melhores oportunidades de vida nas cidades onde se instalaram as fábricas.
-Emprego da mão de obra feminina: as mulheres foram inseridas no mercado de trabalho
-Aumento da Mobilidade Social: Com a disponibilidade de empregos em indústrias em crescimento, as pessoas tiveram mais oportunidades de melhorar suas condições de vida e status social.
-Desenvolvimento de Infraestrutura: As revoluções industriais impulsionaram o desenvolvimento de infraestrutura, incluindo estradas, ferrovias e portos, o que facilitou o transporte de mercadorias e pessoas.
- Criação de novas profissões e a transformação de muitas ocupações tradicionais:         Engenheiros e Técnicos: Com o rápido avanço da tecnologia, a demanda por engenheiros e técnicos qualificados aumentou substancialmente. Eles desempenharam um papel fundamental no projeto, construção e manutenção de máquinas e infraestrutura industrial.
- Operadores de Máquinas: Com a introdução de máquinas industriais, surgiram novas oportunidades de emprego para operadores de máquinas. Esses profissionais eram responsáveis por operar equipamentos complexos, como teares mecânicos e locomotivas a vapor.
- Diretores, Gerentes, supervisores e encarregados de setores: Com o crescimento das fábricas e a necessidade de melhorar a administração, vários cargos de chefia foram sendo criados. 
- Trabalhadores nas Indústrias Têxtil, Siderúrgica, automobilística, alimentícia, etc.: A indústria têxtil foi uma das primeiras a serem transformadas pela revolução industrial. Surgiram várias profissões relacionadas, como tecelões, tintureiros e costureiros de fábrica.
- Ferroviários: Com a expansão das ferrovias, houve uma demanda crescente por ferroviários, incluindo maquinistas, condutores, engenheiros de trilhos e pessoal de manutenção.
- Telegrafistas e Telefonistas: A invenção do telégrafo e do telefone criou novas profissões, como telegrafistas e telefonistas, que eram responsáveis por operar equipamentos de comunicação.
- Médicos e Enfermeiros: A urbanização e a industrialização levaram a um aumento na demanda por serviços de saúde. Como resultado, a medicina moderna avançou e as profissões médicas, como médicos e enfermeiros, tornaram-se mais especializadas.
- Professores diversos: tanto da educação tradicional quanto da educação profissional
- Economistas e Contadores: Com o crescimento das empresas e a necessidade de gerenciamento financeiro, surgiram as profissões de economistas e contadores, que desempenharam um papel importante na gestão das finanças empresariais.
- Arquitetos e Urbanistas: Com a urbanização acelerada e o desenvolvimento de cidades industriais, arquitetos e urbanistas desempenharam um papel fundamental no planejamento e na construção de edifícios e infraestrutura urbana.
- Fornecedores de diversos insumos necessários para que a indústria funcione (peças, máquinas, ferramentas, material de limpeza, higiene, água, energia, etc.)

AS MUDANÇAS NA SOCIEDADE
-A sociedade é uma realidade em constante mudança; algumas mudam mais rapidamente do que outras...mesmo assim, todas mudam; essas mudanças ocorrem devido a um conjunto de fatores morais, culturais, econômicos e institucionais que interagem entre si para produzir o processo de mudança.

As sociedades urbanas se transformam com maior velocidade do que as sociedades rurais ou tribais; mesmo assim, todas as sociedades mudam.


MUDANÇA SOCIAL E CULTURAL
Toda mudança social implica em mudança cultural e vice-versa, pois a cultura engloba todos os domínios da vida social e o nosso comportamento está ligado aos modos culturalmente estabelecidos de perceber a realidade.
As formas de organização da sociedade podem ser substancialmente alteradas por mudanças sociais. A partir dessas mudanças, a história das sociedades vai assumindo formas próprias, específicas de cada sociedade. Moderno versus arcaico, dinâmico versus conservador.  Uma das capacidades mais marcantes da sociedade moderna tem sido sua capacidade de produzir e absorver as mudanças sociais. Cada mudança social representa uma ruptura com a tradição.

FATORES DE MUDANÇA SOCIAL: Não há um padrão fixo referente ao assunto. Em geral, são os seguintes:
- GEOGRÁFICOS: condições climáticas (ex: secas, enchentes), cataclismas (vulcões, furacões, etc),  disponibilidade ou fim de recursos naturais (petróleo, ouro, minérios, etc), têm sido causa de mudança social. A seca no Nordeste brasileiro é um exemplo, pois provoca a desarticulação de várias famílias de baixa renda, através da migração forçada, temporária ou permanente de famílias inteiras ou de seus membros isoladamente.

- LIDERANÇAS CARISMÁTICAS: São capazes de provocar mudanças pelas seguintes razões:
- Inovação e Inspiração: Essa liderança possui uma visão inovadora e inspiradora que cativa seguidores. Eles têm a capacidade de comunicar essa visão de maneira convincente, estimulando a paixão e o entusiasmo das pessoas para abraçar a mudança.
- Mobilização de Massas: Líderes carismáticos mobilizam grandes grupos de pessoas. Seu carisma atrai seguidores, o que pode ser essencial para impulsionar mudanças sociais significativas. Eles podem transformar um movimento ou uma causa em algo maior do que a soma de suas partes.
- Motivação e Dedicação: O carisma de um líder pode inspirar uma dedicação extraordinária por parte dos seguidores. As pessoas muitas vezes estão dispostas a fazer sacrifícios pessoais em prol da visão do líder carismático, o que é fundamental para impulsionar mudanças sociais.
- Quebra de Normas Estabelecidas: Líderes carismáticos muitas vezes desafiam normas e sistemas estabelecidos. Eles podem questionar o status quo, destacar injustiças e propor novas formas de organização social. Esse desafio pode ser o catalisador para mudanças significativas.
- Caráter Inspirador: A personalidade carismática de um líder pode ser inspiradora por si só. Sua presença, confiança e capacidade de comunicação podem incutir esperança e determinação nas pessoas, motivando-as a agir em prol de uma causa.
- Identificação com Valores Compartilhados: Líderes carismáticos frequentemente personificam os valores e aspirações compartilhados por seus seguidores. Isso cria uma identificação pessoal e emocional que impulsiona as pessoas a se envolverem em ações de mudança social.
- Resistência à Adversidade: Líderes carismáticos muitas vezes demonstram resiliência diante da adversidade. Eles podem enfrentar oposição, perseguição e riscos pessoais, o que pode inspirar outros a se juntarem à luta por mudanças.
- Legado Duradouro: A influência de líderes carismáticos muitas vezes transcende suas próprias vidas. Seu legado pode continuar a inspirar e orientar movimentos sociais mesmo após sua morte.
Exemplos de Líderes carismáticos: Jesus Cristo, Maomé, Moisés, Gandhi, etc.

-IDEOLÓGICOS: através da difusão cultural, a ideologia passa a ser divulgada, podendo provocar mudança social.
Exemplos:
- Movimento pelos Direitos Civis nos EUA: lutou pela igualdade racial, através de líderes como  Martin Luther King Jr.
- A Revolução Francesa: em parte, essa revolução defendeu bons ideais tais como fim dos privilégios, democracia, igualdade jurídica, liberdades individuais, etc.

- INVENÇÕES E DESCOBERTAS (inclui forças endógenas): descoberta é a anunciação ou revelação de princípio cientifico até então desconhecido, mas que já existia na ordem natural. Invenção é a criação de algo  até então inexistente, permitindo aplicação prática ao  princípio cientifico. As descobertas só se tornam causa de mudança social quando são transformadas em invenções. Ex: a máquina a vapor só existiu por causa dos conhecimentos da física, assim como a lâmpada só foi inventada após a descoberta da eletricidade.
As invenções podem ser materiais e sociais. Exemplos de invenções sociais: bancos, leis, religiões, sindicatos, voto secreto, democracia, o princípio da divisão dos poderes do Estado, etc. 
Algumas invenções são tão significativas que provocam mudanças profundas na sociedade, alterando a infraestrutura e a superestrutura da sociedade. Temos como exemplos a invenção do telefone, automóvel, televisão, internet, computador, celular, etc. Foram invenções que criaram profissões, geraram diversos tipos de ocupação e emprego, renda, criaram diversas empresas, negócios, mudaram a vida de muita gente, etc.
Obs: Nem toda invenção de normas legais implica em mudança social; A mudança depende da sua divulgação e de sua coercibilidade, seja pela sua aceitação, seja pela fiscalização do seu cumprimento. Na maioria dos casos, descobertas e invenções não são feitas por acaso, mas surgem como resposta a necessidades, por um lado, e por outro, quando existem condições socioculturais para o seu surgimento. Ex: a máquina a vapor e o tear mecânico só foram inventados porque havia a necessidade de se produzir mais em menos tempo com menos custo para vencer a concorrência, dando início à revolução industrial.

-DIFUSÃO (inclui forças exógenas ou externas, globalização): é considerada o mais importante fator de mudança social, pois é através do contato entre sociedades que as  descobertas e invenções são difundidas e incorporadas.  Exemplos:
a) a invenção do papel e da tipografia foram responsáveis  pela ampla difusão de ideias, muitas das quais eram tidas como perigosas para os governantes. No Brasil colônia era proibido ter imprensa, para evitar a propagação das ideias consideradas subversivas à Coroa.
b) a expansão marítima, fruto do avanço na tecnologia das naus, levou o europeu a invadir e colonizar as Américas, promovendo ampla mudança social na vida dos povos ameríndios.
c) As cidades e os portos abertos (no Brasil colônia, os portos  eram fechados) foram grandes promotores de novas ideias de mudança social.
d) na atualidade, os meios de comunicação de massa são os mais eficientes instrumentos de mudança social.

RITMO DE MUDANÇA E DEFASAGEM CULTURAL
Há segmentos sociais que mudam mais rapidamente do que outros. As instituições econômicas, por exemplo, mudam mais rapidamente do que os usos e os costumes da maioria do povo. Essa diferença no ritmo de mudanças recebe o nome de defasagem cultural. As áreas institucionais às quais pertencem os valores básicos e as normas consideradas sagradas da sociedade (ex: família e religião) são mais resistentes às mudanças.
Religião e mudança social: No mundo muçulmano, mais conservador, a mudança social é muito mais lenta do que no cristianismo ocidental. Isto também se deve à questão da inexistência de democracia no mundo islâmico, onde prevalecem ditaduras, sultanatos, teocracias  ou monarquias absolutistas.
Família e mudança social:
Ao longo das últimas décadas, vários países do ocidente, incluindo o Brasil (principalmente nas grandes cidades) passaram por mudanças nos padrões familiares, algo inimaginável para gerações anteriores. A grande diversidade de famílias e formas de agregados familiares tornou-se um traço distintivo da época atual. As pessoas têm menos probabilidades de se virem a casar como ocorria no passado, e quando casam, fazem-no numa idade mais tardia. O índice de divórcios subiu significativamente, contribuindo para o crescimento das famílias monoparentais (comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes)". São famílias recompostas a partir de  segundos casamentos, ou através de novas relações que envolvem filhos de relações anteriores. As pessoas optam cada vez mais por viver juntos antes do casamento, ou como alternativa ao casamento. O mundo familiar é hoje muito diferente do que era há cinquenta anos atrás. Apesar das instituições do casamento e da família ainda existirem e serem importantes nas nossas vidas, o seu caráter mudou radicalmente.
O maior número de divórcios alterou o comportamento e o modo de vida de muitos filhos de casamentos desfeitos. Os filhos podem então, perder o referencial sobre o que é casamento e família. 


MUDANÇA SOCIAL SEGUNDO AUGUSTE COMTE
: Para o filósofo Auguste Comte, a mudança social era contínua, ou seja, todas as sociedades passariam por ela, umas mais cedo, outras mais tarde. Para Comte, a mudança (sempre associada à ideia de progresso) só ocorreria através do avanço da ciência, mas para isso, era necessário que a situação vigente (ordem) não fosse alterada. Comte afirmava que a desarmonia social era resultado da incapacidade de os homens se adequarem a uma nova ordem representada pela sociedade industrial em expansão. Ele acreditava que através de valores como a ciência, a moral, a ordem e o progresso, a sociedade seria reformada. Seu ponto de partida era a reforma intelectual e moral do homem. 

MUDANÇA SOCIAL SEGUNDO DURKHEIM
Em sua análise sobre as mudanças sociais, Durkheim observou que na história das sociedades houve uma evolução da solidariedade mecânica para a orgânica por causa da crescente divisão do trabalho. Isso se deveu a fatores demográficos: o aumento da população ocasionou intensidade de interações, complexidade de relações sociais e aumento da qualidade desses vínculos.
Solidariedade Mecânica: é característica das sociedades ditas "primitivas" ou "arcaicas", ou seja, em agrupamentos humanos de tipo tribal formado por clãs. Nestas sociedades, os indivíduos que a integram compartilham das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários a subsistência do grupo (coletivismo). É essa igualdade de ideias, funções, interesses e valores que asseguram a coesão social.
Solidariedade orgânica: predomina nas sociedades "modernas" ou "complexas", onde há maior diferenciação individual e social. Além de não compartilharem dos mesmos valores e crenças sociais, os interesses individuais são bastante distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada (individualismo). A divisão econômica do trabalho social é mais desenvolvida e complexa e se expressa nas diferentes profissões e variedade das atividades industriais. Durkheim concebe as sociedades complexas como grandes organismos vivos, onde os órgãos são diferentes entre si (que neste caso corresponde à divisão do trabalho), mas todos dependem um do outro para o bom funcionamento do ser vivo. A crescente divisão social do trabalho faz aumentar também o grau de interdependência entre os indivíduos.
Para garantir a coesão social, que não está baseada em igualdade de crenças, valores, usos e costumes, é obrigatório o uso da coerção e punição, através de códigos, regras, direitos, deveres, aparelhos repressores e punitivos, através do Direito e do Estado.
A MUDANÇA SOCIAL SEGUNDO MAX WEBER
Para Weber, o Protestantismo foi uma das principais causas para o avanço do capitalismo e para o surgimento da Revolução Industrial. Weber afirmava que os valores protestantes, como a frugalidade, o pensamento independente e a autossuficiência, foram necessários à criação e crescimento do pensamento capitalista e às ações conducentes à Revolução Industrial. Essas observação estão em sua grande obra "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo".

A MUDANÇA SOCIAL SEGUNDO KARL MARX
Para Marx e Engels, as sociedades mudavam a partir das transformações ocorridas na infraestrutura econômica e na superestrutura. Para Marx, "todas as sociedades estão baseadas nas forças econômicas (a infraestrutura) e as mudanças nesta tendem a comandar as alterações na superestrutura (instituições políticas, culturais, legais, etc.). Para Marx, o materialismo dialético e histórico era o motor da história humana, onde as transformações ocorriam através de processos de transformação social profundos (as revoluções).
 


EXERCÍCIOS:

1) Sobre mudança social, assinale V para verdadeiro ou F para falso:

  V      F
(   )   (   )  A mudança social na vida do ser humano geralmente está associada à melhoria de vida
(   )   (   )  A mudança social também pode ocorrer para piorar a vida. Um exemplo disso é a seca nordestina, que traz sofrimento e força muitas famílias a migrar para outras regiões
(   )   (   )  a ideia de mudança social também está associada ao progresso e desenvolvimento, embora isso nem sempre ocorra.


2) Em relação às mudanças sociais, podemos afirmar que elas podem ocorrer
a) apenas por motivos climáticos (a seca, por exemplo)
b) por motivos políticos (uma decisão do governador ou do congresso ou do presidente, por exemplo)
c) por motivos econômicos: a descoberta de ouro em uma determinada região pode provocar mudanças sociais, ou seja, muitas pessoas podem migrar em busca do desejo de enriquecer  


3) Em relação às mudanças sociais, podemos afirmar que elas ocorrem (assinale V ou F)
  V      F

(   )   (   )  de maneira diferente entre os países, pois dependem dos usos, costumes, religião, tradições, etc.
(   )   (   )   de maneira igual em todos os países, pois todos tem a mesma cultura, tradição, etc.

4) Nos dias atuais estamos presenciando algumas mudanças sociais. Indique-as abaixo, assinalando com V as verdadeiras e F as falsas
(   )   (   )  um exemplo de mudança social (para alguns casos) foi a de poder trabalhar em casa através da internet
(   )   (   )  outro exemplo de mudança social foi a das aulas e provas remotas durante a pandemia
(   )   (   )  outro exemplo é o de pilotos de drones militares, os quais pilotam como se estivessem em um vídeo game.
(   )   (   )  outro exemplo foi o surgimentos de novas profissões, tais como a do youtuber

5) Entre os tipos de mudança social existe aquela causada pelos líderes carismáticos. Carisma é um conjunto de habilidades para comunicar de forma clara uma mensagem inspiradora, que cativa e motiva o público, levando-os à mudança social. Jesus Cristo foi o maior exemplo de liderança carismática, mas há outros, tanto no sentido positivo, como Martin Luther King, Gandhi, Padre Cícero, etc, quanto no sentido negativo, como Stálin, Hitler, Mao Tsé Tung, etc. Sendo assim, em relação aos líderes carismáticos, assinale V na primeira coluna, caso a afirmação seja verdadeira, e F na segunda coluna, caso a afirmação seja falsa.

 V      F
(   )   (   ) têm um discurso que atrai as pessoas
(   )   (   ) alguns foram hipócritas e assassinos

(   )   (   ) alguns mentiram e enganaram o povo
(   )   (   ) foram grandes comunicadores
(   )   (   ) todos tiveram enorme poder de persuasão;

3ºs ANOS FILOSOFIA III UNIDADE: TEORIAS SOCIALISTAS

MARXISMO (OU SOCIALISMO CIENTÍFICO)- Duas definições:
a) Wikipédia: é o conjunto de ideias filosóficas, econômicas, políticas e sociais elaboradas primariamente por Karl Marx e Friedrich Engels e desenvolvidas mais tarde por outros seguidores.
b) Infoescola: é uma teoria social e política, sendo que, pela sua amplitude, pode ser considerado uma concepção de mundo. O marxismo  foi formulado a partir de Karl Marx (1818 – 1883) e Friedrich Engels (1820 – 1895), os quais sistematizam os diferentes aspectos, históricos, econômicos e sociais da então nova concepção de mundo, também conhecido como materialismo histórico.

PRINCIPAIS OBJETIVOS DO MARXISMO:
- Combater e aniquilar o capitalismo e o estado burguês

- Implantar uma nova sociedade, uma nova ordem social, política e econômica, através de duas fases:
  a) o socialismo: segundo o ideal marxista, o socialismo é a "fase transitória", onde o Estado assume o controle total sobre tudo e todos, ou seja, implanta uma DITADURA. No socialismo, a propriedade privada (empresas, bancos, indústrias, comércio, terras, fazendas, etc.), passam a pertencer ao Estado, o qual se encarrega de administrar tudo. O dinheiro ainda existe, assim como o mercado, bancos, sistema de créditos, cooperativas, etc., ou seja, o socialismo é um Capitalismo de Estado, é um capitalismo engessado pelo controle burocrático e dirigismo estatal, onde impera a economia planificada.

O lado "positivo" do socialismo:Todos tem direito à moradia e emprego, o qual nem sempre será onde a pessoa quiser, mas onde o Governo decidir (nas ditaduras socialistas, havia o coletivismo na agricultura, onde milhares eram obrigados a ir trabalhar na agricultura ou aonde o Estado necessitasse de mão de obra. Na questão da moradia, as casas passaram a ser divididas entre várias pessoas desconhecidas, pois o Estado, que tomou sua casa, é que decidia quantas pessoas iriam morar em cada casa. Geralmente, em uma casa de três quartos, havia um quarto para cada família ou grupos de pessoas.

O lado negativo do socialismo: A questão da moradia já foi dita. Na questão econômica, a produção socialista só foi eficiente nos segmentos de bens de produção (cimento, eletricidade, petróleo, ferrovias, etc.), os quais foram necessários para as grandes obras planificadas. Na produção de bens de consumo, havia pouco incentivo. Em geral, a produtividade do trabalhador no mundo socialista era baixa porque não havia mais o risco de demissão, pois todos eram funcionários públicos e todas as empresas eram públicas, ou seja, não havia mais demissão, concorrência ou falência. O resultado foi o desabastecimento dos supermercados e do comércio em geral, filas imensas esperando a chegada das mercadorias, chegando ao ponto de o Estado implantar o controle de mercadorias através do racionamento (em Cuba usa-se uma caderneta chamada de libreta, para controlar a quantidade de alimentos por família).
Outro lado negativo é o fim de praticamente todos os direitos civis e políticos: não há mais liberdade de expressão, de imprensa (só existe a imprensa oficial), de greves, passeatas, protestos, etc., nem liberdade de crença (religiões são proibidas e os governos são oficialmente ateus), nem de ter seu próprio negócio.
A democracia é extinta, não há liberdade partidária (são governos monopartidaristas).
A sociedade passa a ser vigiada através das polícias secretas. Na União Soviética, os que criticavam o  governo eram presos e mandados para campos de concentração (ou executados).
A propaganda do governo e o culto à personalidade do líder são fundamentais para alienar e manipular a consciência do povo. Nas escolas, a educação é voltada para a ampla divulgação do marxismo e do combate ao capitalismo.
No marxismo, o ser humano é tratado como se fosse gado, no sentido de suprir-lhe as necessidades tal qua os (pasto, abrigo, cuidados médicos), sendo proibido discordar, criticar, questionar, protestar, etc. 


b) O comunismo seria o objetivo final do marxismo, onde o Estado, juntamente com o dinheiro e todo e qualquer aparato administrativo desapareceriam (incluindo forças armadas, polícia, etc). A sociedade por si só, consciente de seu dever de trabalhar pelo próximo, seria capaz de conviver em plena harmonia, todos pensando primeiro no bem estar do próximo, suprindo as necessidades. Ou seja, O COMUNISMO É UMA UTOPIA.

Os ideais marxistas, voltados para o fim das desigualdades sociais, são dignos de elogios, em termos de direitos sociais. O problema é que entre a intenção e a realização existiu uma diferença enorme, conforme a própria história mostra os terríveis resultados das tentativas de alguns países em implantar esses ideais, através da criação de uma nova ordem social, política e econômica.

O SOCIALISMO NA TEORIA – Definição do Wikipédia, similar a outras: Socialismo refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização econômica, advogando a administração, e a propriedade pública ou coletiva dos meios de produção, e distribuição de bens e de uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades/meios para todos os indivíduos, com um método igualitário de compensação.
O SOCIALISMO NA PRÁTICA - O QUE OCORREU NA REALIDADE: A Fase de Transição tornou-se Permanente. O Estado tornou-se onipresente, controlando, vigiando tudo e todos, manipulando, administrando, planejando, censurando, alienando, torturando, matando, etc. Esse modelo de socialismo também é chamado de socialismo autoritário ou socialismo real.

PRECURSORES DO SOCIALISMO: Antes de Marx e Engels já houve ideais e movimentos que defendiam o fim das desigualdades e injustiças sociais. Alguns deles foram:

1 - a obra A República, escrita por Platão (400 a.C.):  ”...Todos os homens e mulheres deveriam ter ocupações no mercado de trabalho. A propriedade privada deveria ser abolida, isto é, ninguém deveria ter casa própria nem propriedade... Platão queria que também as esposas fossem abolidas como “propriedade” privada do marido e que os filhos fossem abolidos como “propriedade” privada das famílias. As esposas estariam assim submetidas, como mulheres livres do casamento, a todas as vontades do Estado. E todas as crianças pertenceriam ao Estado...”

2 – Reforma Anabatista: os anabatistas, que eram camponeses protestantes alemães, denunciaram e partiram para a luta contra a injustiça social e a vida de luxo dos nobres.

3 – Thomas Morus: através de sua famosa obra “Utopia”, defendia a ideia de uma sociedade igualitária em um país imaginário.
4 - Conspiração dos Iguais: foi um movimento igualitário ocorrido durante a Revolução Francesa, liderado por Graco Babeuf, em 1796, o qual propunha a "comunidade dos bens e do trabalho" e a igualdade efetiva entre os homens. A revolta foi "esmagada" pelo Diretório que decretou pena de morte a todos os participantes da conspiração.

5- SOCIALISMO UTÓPICO: foi a primeira corrente do pensamento filosófico socialista, surgida no primeiro quartel do século XIX e que desenvolvia conceitos e ideias definidas como utópicas para os pensadores socialistas que surgiriam posteriormente. Este modelo denunciava a sociedade injusta e a exploração capitalista, desejava um ideal de igualdade, mas não chegou a propor medidas eficazes para a mudança nem indicar quais seriam os caminhos pelos quais a sociedade seria transformada e as injustiças seriam extintas.

Principais socialistas utópicos:
Saint-Simon (1760 - 1825): afirmava que  o capitalismo é efêmero; imaginava uma sociedade igualitária, em que cada um trabalhava segundo a sua capacidade e consumia segundo o seu trabalho. A nova sociedade livre da exploração teria forças inesgotáveis, desenvolvendo sem limites as ciências e as técnicas numa associação econômica mundial., onde também transformaria o Estado em aparelho de gestão de todos os trabalhos da sociedade ao invés de ser aparelho de repressão e poder sobre os homens.

Charles Fourier(1772-1837): Crítico do capitalismo, da industrialização, da civilização urbana, do liberalismo e da família baseada no matrimônio e na monogamia. Sua principal ideia era a criação de unidades de produção e consumo, chamados de FALANSTÉRIOS, baseados em uma forma de cooperativismo integral e autossuficiente.

Robert Owen: criticava o regime burguês e  a propriedade privada por considerá-la causa dos crimes, dos males e das guerras. Defendia o fim da propriedade privada e transferir os meios de produção para os trabalhadores. Foi sócio e gerente de uma fábrica, onde reduziu a jornada de trabalho para 10,5 horas diárias (na época, a jornada era de 14 a 16 horas diárias), além de melhorar as condições de trabalho e aumentar os salários; fundou uma escola-modelo e uma caixa de assistência médica. Organizou à própria custa uma colônia socialista nos EUA, que resultou em fracasso.


ALTERNATIVAS AO SOCIALISMO:
1 - ANARQUISMO: Surgiu a partir da crítica ao socialismo. Os anarquistas não aceitavam a ideia de uma feroz ditadura, tão opressora que chegava a ser pior do que o modelo capitalista. Passaram a defender uma organização social baseada no consenso e na cooperação de pessoas livres e autônomas, onde não existe nenhuma forma de poder. A Anarquia seria assim uma sociedade sem autoridade, onde as pessoas se organizariam de tal forma que garantiriam a todos a mesma capacidade de decisão.  As origens do anarquismo remontam aos conceitos dos direitos naturais defendida por John Locke. A sociedade para este filósofo inglês era o resultado de um contrato voluntário acordado entre indivíduos iguais em direito e em deveres. No entanto foi só  a partir do final do século XVIII que o anarquismo se veio a estruturar como uma corrente política autónoma, com seguidores em toda a parte do mundo. Entre os seus teóricos contam-se pensadores tão diversos como Thoreau, William Godwin, Proudhon, Bakunin, Kropotkin, Malatesta, Silva Mendes, etc.
O anarquismo jamais foi implantado e é considerado por muitos como utópico.
Um dos mais famosos pensamentos anarquistas é o de Proudhon: “Ser governado significa ser observado, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, cercado, doutrinado, admoestado, controlado, avaliado, censurado, comandado; e por criaturas que para isso não tem o direito, nem a sabedoria, nem a virtude…Ser governado significa que todo movimento, operação ou transação que realizamos é anotada, registrada, catalogado em censos, taxada, selada, avaliada monetariamente, patenteada, licenciada, autorizada, recomendada ou desaconselhada, frustrada, reformada, endireitada, corrigida. Submeter-se ao governo significa consentir em ser tributado, treinado, redimido, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; tudo isso em nome da utilidade pública e do bem comum. Então, ao primeiro sinal de resistência, à primeira palavra de protesto, somos reprimidos, multados, desprezados, humilhados, perseguidos, empurrados, espancados, garroteados, aprisionados, fuzilados, metralhados, julgados, sentenciados, deportados, sacrificados, vendidos, traídos e, para completar, ridicularizados, escarnecidos, ultrajados e desonrados. Isso é o governo, essa é a sua justiça e sua moralidade! … Oh personalidade humana! Como pudeste te curvar à tamanha sujeição durante sessenta séculos? Pierre-Joseph Proudhon.

2 - SOCIAL DEMOCRACIA: é uma alternativa de base marxista surgida no fim do século XIX que defende a transição pacífica e progressista para uma sociedade socialista diferente do modelo marxista, através de uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário. O conceito de social democracia tem mudado com o passar das décadas desde sua introdução. A social democracia propõe uma sociedade em que os ideais da igualdade e da justiça social convivam com a preservação das liberdades democráticas e individuais, no contexto de uma economia de mercado. Os social democratas rejeitam a economia estatizada do socialismo, assim como rejeitam a soberania do mercado. Afirmam ser imperativo o controle social do mercado e a submissão da propriedade privada à sua função social. Não aceitam a tese neoliberal de "quanto menos governo melhor", pois as leis do mercado, deixadas sem controle, podem ocasionar danos ao conjunto da sociedade. Especialmente em países onde as desigualdades são enormes, cabe ao Estado garantir os direitos sociais básicos. Nem mínimo nem máximo: defendem o Estado necessário, eficiente e operativo. O grande avanço da social democracia na Europa ocorreu após a 2ª Guerra Mundial, quando os Partidos Socialistas aplicaram princípios socialistas em seus programas reformistas, em especial na Grã-Bretanha, Alemanha e nos países na Escandinavos, através do modelo chamado de Estado do bem-estar social, sem no entanto, transforma-los em países socialistas.

ASPECTOS GERAIS DO MARXISMO
A - INFRAESTRUTURA E SUPERESTRUTURA: o marxismo gira em torno de dois conceitos: a infraestrutura, composta pelos meios materiais de produção (meios de produção e força-de-trabalho), e a superestrutura, que compreende as esferas política, jurídica e religiosa, ou seja, as instituições responsáveis pela produção ideológica (formação das ideias e conceitos) da sociedade. Segundo o marxismo, a superestrutura é determinada pela infraestrutura, ou seja, a maneira na qual a economia de uma sociedade é organizada irá influenciar nas ideologias presentes na sociedade. 

B - MATERIALISMO DIALÉTICO: doutrina marxista que afirma dois princípios (o material e o dialético):
a) materialismo: afirma que só existe o mundo material, e que a história humana sempre foi a história da transformação do mundo através dos modos de produção (primitivo, asiático, escravista, feudal, capitalista e socialista). Marx analisou a história dos seres humanos em sociedade a partir das condições materiais nas quais eles vivem, afirmando que o modo pelo qual os seres humanos trabalham e produzem os meios necessários para a sustentação material das sociedades é que definem as relações sociais. “o modo de produção da vida material condiciona o processo geral de vida social, política e espiritual”.
b) dialético: o marxismo usa o princípio da dialética hegeliana (tese, antítese e síntese), ou seja, a tese de que não existe nada eterno, fixo, pois tudo está em perpétua transformação, tudo está sujeito ao contexto histórico do dinâmico e da transformação; da mesma maneira, as questões sociais também estão incluídas, pois a própria história mostra as mudanças através dos modos de produção e da luta dos explorados, escravizados e injustiçados contra seus algozes.
C-MATERIALISMO HISTÓRICO: é a aplicação dos princípios do materialismo dialético ao estudo da vida social, aos fenômenos da vida da sociedade, ao estudo desta e de sua história.

D- MAIS-VALIA: De maneira resumida, significa a exploração do trabalhador pelo patrão. Através de um contrato, o operário vende sua força de trabalho ao capitalista, em troca do salário. O empregador paga uma parte do valor dos bens produzidos pelo operário, apropriando-se da outra parte. A mais valia é esse trabalho não pago, que vira lucro para os empregadores. 

E-RELAÇÕES DE PRODUÇÃO: revelam a maneira pela qual, a partir das condições naturais, os seres humanos usam as técnicas e se organizam por meio da divisão do trabalho social. Essas relações correspondem a certo estágio das forças produtivas.

F – FORÇAS PRODUTIVAS: consistem no conjunto formado por clima, agua, solo, matérias primas, máquinas, mão de obra e instrumentos de trabalho.

G – MODO DE PRODUÇÃO: a maneira pela qual as forças produtivas se organizam em determinadas relações de produção num dado momento histórico.

Ou seja:

RELAÇÕES DE PRODUÇÃO + FORÇAS PRODUTIVAS = MODO DE PRODUÇÃO.

Exemplo: as maquinas do sistema fabril (forças produtivas) determinam as relações de produção (dono do capital e operário assalariado).

obs: ao longo da história, as forças produtivas se desenvolveram até ao ponto onde entraram em conflito com as relações de produção, provocando o surgimento das divergências e da luta de classes. O maior exemplo disto é a luta de classes entre operários e donos do capital.

H - MARXISMO GRAMSCIANO OU GRAMSCISMO – ANTONIO GRAMSCI:

Antonio Gramsci (Itália, 1891-1937) foi um dos mais importantes teóricos marxistas (sua principal obra foi Cadernos do Cárcere, chamado também de catecismo das esquerdas). Criticando o modelo marxista tradicional baseado na violência, Gramsci defendia uma maneira lenta e  pacífica de expandi-lo, através do conceito de hegemonia e ocupação de espaços.

- Hegemonia (comando, domínio, controle) cultural. Uma classe social é hegemônica quando é capaz de impor sua visão de mundo, através de um modelo convincente de ideias pelas quais conquista a adesão da sociedade.

Para Gramsci, o marxismo venceria o capitalismo através da hegemonia intelectual, a qual seria alcançada lentamente, através da contínua disseminação do marxismo através das escolas, universidades, sindicatos, igrejas, imprensa, partidos políticos, governo, etc. Essa disseminação seria implantada através de seus seguidores, os quais são profissionais formados em universidades (a maioria pública) cuja base ideológica é o marxismo de Gramsci. Estes profissionais, espalhados nos meios jornalísticos, na mídia, na religião, nos sindicatos, nos partidos, na política e principalmente nos meios educacionais (reescrevendo a História, a geografia, a sociologia, a filosofia, etc., de acordo com sua visão de mundo marxista), são os meios pelos quais o marxismo vai conquistando a sociedade.

- Ocupação de espaços: consiste em ter marxistas ocupando espaços em todos os segmentos econômicos possíveis, para facilitar a hegemonia. Um dos principais campos de ocupação é o Estado, através do termo aparelhamento do Estado, o qual consiste na infiltração de um partido ou classe social em todos os órgãos do Estado, com o intuito de controle total a serviço de sua ideologia ou conveniências (inclusive corrupção). Um exemplo disso foram os dois governos de Lula, onde foram criados mais de 20.000 cargos de confiança para os companheiros do partido. Essa ocupação de espaços não objetiva apenas à implantação do marxismo, mas serve também para direcionar verbas públicas para o partido, comprar de votos e partidos aliados, corrupção, etc. ·.

A CRÍTICA AO MARXISMO:  DOGMA, A ÚNICA VERDADE, O PARAÍSO DA HUMANIDADE OU O ÓPIO DOS INTELECTUAIS?

O intelectual francês Raymond Aron em sua obra "O ópio dos intelectuais" afirma que nenhuma outra doutrina criou no homem, como o marxismo, uma "ilusão da onipotência". Aron considerava o comunismo "uma versão aviltada da mensagem cristã", onde os marxistas revolucionários se comportavam (e se comportam) como se participassem de uma igreja. Os congressos desses partidos são apropriadamente chamados por ele de "congressos-concílios", e o marxismo ,uma forma laicizada de religião e tal como o Papa, arroga-se o princípio da infalibilidade.

Segundo Aron, no século XVIII havia uma tríade mitológica que encantava as classes letradas e que substituiria, em seu imaginário, a Santíssima Trindade. Esta versão trinitária secular era composta pelas seguintes “entidades”: o progresso, a razão e o povo. A partir do século XIX, essa trinca profana transformou-se em algo mais vil: a esquerda, a revolução e o proletariado.

Para Aron, os marxistas substituíram fatos dramáticos e estruturantes da vida humana (desigualdade, exploração, miséria) por dogmas cientificistas devido a uma mistificação da ideia de ciência, onde se confunde a prática desta com o apego a ideais de transformação e de implantação de uma nova ordem social, política e econômica, dando a sensação de superioridade moral e intelectual a seus postulantes. Comparando o marxismo com o cristianismo, Marx, Engels e Gramsci seriam a santíssima trindade, o marxismo é a bíblia, Lênin, Stálin, Trotsky, Mao, Castro e outros seriam os grandes santos e líderes carismáticos, os "libertadores" do povo oprimido pelo diabo e seus demônios (Estados Unidos e os países capitalistas), livrando a humanidade do inferno (que é o capitalismo, a exploração do trabalhador, etc.).

Em resumo, o marxismo é uma doença do espírito, cujos principais sintomas são a crença de que só a esquerda pode anunciar o futuro, só a revolução pode eliminar o mal, somente o proletariado é capaz de salvar a humanidade. Enfim, eles condenam a realidade e proclamam-se os criadores da nova humanidade, os arautos de um novo evangelho, a boa nova do marxismo, o qual seria a implantação do paraíso terrestre, cujos maiores exemplos foram as ditaduras soviética, cubana, chinesa, cambojana, norte-coreana, etc.

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terça-feira, 20 de agosto de 2013

TRABALHO DE PRODUÇÃO DE VÍDEOS DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA (1º, 2º E 3º ANOS)

CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DE VÍDEOS DIDÁTICOS (N1)
FILOSOFIA E SOCIOLOGIA


1. A equipe deverá produzir vídeos separados por tema, ou seja, um vídeo para filosofia e um vídeo para sociologia;

2 – Criatividade:
- evitar o copiar/colar textos de outros vídeos, de sites ou de livros, ou seja, é melhor retrabalhar os textos copiados do que apenas copiar e colar.
- se usar textos, que os mesmos sejam curtos; evite textos enormes com letras minúsculas; os textos devem ser de fácil visualização, com tempo adequado para a leitura (ou seja, nem muito curto nem muito longo)
- o vídeo deve seguir uma linha de raciocínio que facilite a apreensão do assunto.
-se a equipe usar partes de outros vídeos/filmes, o mesmo não deverá ocupar mais de um terço do tempo total de vídeo produzido pela equipe.

3– Qualidade técnica:
- a qualidade do vídeo deve ser boa em termos de imagem e som;  Se houver diálogos ou apresentações, o áudio deve ser compreensível, caso contrário, a equipe deverá inserir legenda referente ao que está sendo apresentado.

4 – Conteúdo e tempo mínimo/máximo de vídeo:
- o assunto deverá ser apresentado de maneira que nem seja resumido (onde há o risco de suprimir detalhes importantes) nem longo demais (onde há o risco de ser repetitivo);
- O tempo mínimo de duração do vídeo é de 5 minutos e o máximo é de 10 minutos.

5 – Detalhes adicionais:
A equipe deverá ter o cuidado de evitar erros de ortografia e concordância nos vídeos;
- o vídeo deverá conter:
- Turma e nome dos componentes da equipe
- Data da produção.

6 - Prazo de entrega:
Vídeos entregues após o prazo final, terão 5 (cinco) pontos descontados do total da nota.