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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

PRÉ-HISTÓRIA

É o mais antigo período da história humana, que vai desde o aparecimento do ser humano até o desenvolvimento da escrita.Ela é basicamente dividida em Paleolítico e Neolítico.

PALEOLÍTICO: É conhecido também como Idade da Pedra Lascada devido aos objetos que eram produzidos de forma grosseira principalmente com pedra, embora também utilizasse os ossos e a madeira. Esse período estendeu-se de 3 milhões de anos atrás a 10.000 a.C. Esse período surge quando os homens começaram a criar as primeiras ferramentas para sua sobrevivência (arpões, facas, pontas de lança e flecha).

Características do Paleolítico:
- OBJETOS RUDIMENTARES: A pedra foi o principal material utilizado para fazer os objetos necessários à sobrevivência: eram objetos feitos de forma grosseira (pedra lascada), tais como as pontas de lança, raspadores (de pedra lascada), etc. Usavam também ossos e madeira.
- NOMADISMO: o ser humano era nômade; não tinha moradia fixa, pois precisava deslocar-se constantemente para caçar as manadas de búfalos, renas e outros animais. Vivia algum tempo em cavernas
- SOCIEDADES DE CAÇADORES E COLETORES: não produziam seus alimentos, não conheciam a agricultura, dependiam do que a natureza oferecesse.
- SOCIEDADE COMUNAL: viviam em grupos ou bandos ou hordas, geralmente clãs (laços de parentesco) onde repartiam o produto de sua caça e coleta. Tinham poucos bens. Não havia ainda a ideia de propriedade privada. O trabalho era coletivo.
- DIVISÃO RUDIMENTAR DO TRABALHO: os homens dedicavam-se mais às caçadas em bandos e as mulheres à coleta e à criação dos filhos.
- LIDERANÇA PATRIARCAL: geralmente era o mais velho ou o mais experimentado caçador que liderava o grupo e coordenava as ações.
- GRAVURAS RUPESTRES: são desenhos que os artistas da época deixaram gravadas nas paredes das rochas e no interior das cavernas. Eram geralmente desenhos do cotidiano da vida de caçadas.
- CONTROLE DO FOGO: foi a maior conquista do paleolítico: o ser humano inventou meios de produzir o fogo.

NEOLÍTICO: Foi o período que provocou profundas mudanças na vida dos seres humanos, a partir do momento em que ele inventou a agricultura e passou a criar animais.
A agricultura resultou de um processo gradual de observação, experimentação e adaptação dos seres humanos ao ambiente. A transição da caça e coleta para a agricultura ocorreu há aproximadamente 10.000 anos em regiões como o Oriente Médio, América Central e África. Esse processo envolveu:
Fatores que contribuíram:
1. Observação da natureza: Notaram o ciclo de crescimento das plantas.
2. Experimentação: Testaram técnicas de cultivo e seleção de sementes.
3. Necessidade e aprimoramento: a agricultura resultou em melhorias nas condições de vida do ser humano, sendo assim, houve aumento populacional. Esse aumento de população forçou o ser humano a buscar aprimorar suas técnicas de produção de alimentos, tanto agrárias quanto pecuárias.

Características do Neolítico

1. Produção de Alimentos: o ser humano passa a produzir alimentos através da Revolução Agrícola ou Agropecuária: tornou-se agricultor e criador de animais. Essa revolução muda tudo, pois o ser humano não depende mais de ter sorte em caçadas. Além disso, passou a dominar a natureza no sentido de plantar e colher seus alimentos.
2. Sedentarismo: o ser humano tornou-se sedentário, ou seja, passou a ter moradia fixa, devido à necessidade de morar próximo ao seu local de trabalho, que eram suas plantações e criações de animais.
3. Desenvolvimento da cerâmica: devido à necessidade de guardar os alimentos.
4. Uso de ferramentas de pedra polida: foi uma evolução da produção de objetos de pedras.
5. Comércio e especialização: o comércio surgiu a partir da geração de excedentes da agricultura. Esses excedentes foram trocados por outras mercadorias. Juntamente com a escrita, o comércio foi uma das maiores invenções da humanidade.
6. A invenção da Escrita: foi necessário para registrar as quantidades, a produção, os negócios, os regulamentos, etc. A invenção da escrita foi tão importante que ela dividiu a história: a partir daí chamou-se História Antiga em lugar de pré-história.
7. Surgimento de vilas e cidades
8. Multiplicação das atividades: a sociedade torna-se complexa devido ao aumento das funções e serviços: carpinteiros, pedreiros, artesãos, ceramistas, comerciantes, transportadores, pecuaristas, metalúrgicos, tecelões, etc.
9.Surgimento das primeiras civilizações, com destaque para aquelas localizadas na Mesopotâmia: Sumérios, Acádios, Babilônios, Assírios, Caldeus, Persas.


sexta-feira, 30 de agosto de 2024

AÇÃO SOCIAL

É toda ação que o indivíduo realiza levando em consideração a reação ou o comportamento de outras pessoas. Essa ação nem sempre tem o  objetivo de obter um benefício direto para quem a realiza. O importante é que ela tem um significado subjetivo e é orientada em função dos outros, seja para obter uma resposta, influenciar comportamentos, ou mesmo expressar emoções ou valores. O simples fato de escrever uma mensagem ou uma carta é uma ação social, pois o emissor espera que ela seja lida por alguém. Seu ato somente tem significado enquanto envolve outra pessoa. 

Tipos de Ação Social


Ações racionais
são feitas pelos sujeitos que têm  controle sobre seus atos e procuram realizá-los. Elas são separadas em dois conceitos:


  • Ação racional em relação a fins – ocorre quando o propósito da ação justifica a intenção e os caminhos percorridos para alcançar determinado objetivo. O sujeito utiliza meios racionais para conquistar um resultado satisfatório.
    Exemplos:
    Quando alguém estuda almejando objetivos tais como tirar boas notas, ser aprovado no Enem, em um concurso, emprego, etc. 
    Quando alguém vai a uma igreja em busca da cura ou de um emprego.
    Quando alguém trabalha em troca do salário.
  • Ação racional em relação a valores – o indivíduo age sem almejar benefícios próprios, mas de acordo com seus valores ou crenças pessoais. Age de acordo com o que considera correto, benéfico para o próximo. Esse tipo de ação geralmente é fruto de tradições, como religiosas ou familiares.
    Exemplos:
    Ativismo ambiental: Uma pessoa que se dedica a causas ambientais, como reduzir o consumo de plástico ou participar de protestos contra o desmatamento, não por ganhos materiais, mas por acreditar na importância de preservar o meio ambiente.

    Atitudes religiosas: Alguém que pratica rituais religiosos, jejua, ou segue regras estritas de conduta moral porque acredita nos ensinamentos de sua fé, mesmo que isso exija sacrifícios.

    Pacifismo: Uma pessoa que se recusa a participar de conflitos armados ou a usar violência, mesmo em situações de autodefesa, por acreditar firmemente nos valores da paz e da não-violência.

    Trabalho voluntário: Alguém que dedica seu tempo a ajudar os menos favorecidos, como trabalhar em uma ONG ou distribuir alimentos a pessoas em situação de rua, guiado por um sentido de justiça social e compaixão, sem esperar nada em troca.

    Luta por direitos civis: Uma pessoa que se envolve em movimentos por igualdade e justiça, como protestar contra a discriminação racial ou de gênero, porque acredita profundamente na importância dos direitos humanos.


Ações irracionais 


Nesta segunda definição, os atos são baseados em sentimentos, motivados pela emoção ou impulsos. Eles também são divididos em dois subgrupos:


  • Ação irracional tradicional – é pautada nos hábitos e costumes que as pessoas, dentro da sociedade em que vivem, começam a adotar. É em decorrência de tudo que aprenderam habitualmente a fazer e acreditar. O costume de ir à missa aos domingos, por exemplo, é visto como uma ação irracional tradicional.
    Exemplos:
        Cumprimentar com um aperto de mão: Muitas pessoas apertam as mãos ao se encontrar, sem pensar conscientemente sobre por que fazem isso. É um costume social estabelecido.

        Fazer o sinal da cruz ao passar por uma igreja: Algumas pessoas fazem o sinal da cruz automaticamente ao passar por uma igreja, sem refletir profundamente sobre o significado da ação a cada vez que a realizam.

        Celebrar datas comemorativas: Participar de festas como o Natal ou o Ano Novo, seguindo tradições familiares, mesmo que a pessoa não tenha uma conexão religiosa ou pessoal forte com o significado dessas datas.

        Usar certos trajes em eventos específicos: Vestir roupas formais para um casamento ou usar preto em um funeral, seguindo tradições culturais, sem questionar o motivo por trás dessa prática.

        Sair de casa com o pé direito: Em algumas culturas, é comum as pessoas seguirem superstições, como sair de casa com o pé direito para atrair sorte, sem realmente acreditar ou pensar no porquê de fazer isso.


  • Ação irracional afetiva – envolve sentimentos e emoções. O sujeito tem uma ação motivada por raiva, esperança, medo, paixão, inveja, entre outros gatilhos sentimentais. Como o afeto pode ser despertado pelo costume, esse tipo de ação irracional também se enquadra na categoria tradicional.
    Exemplos:
    Gritar de alegria ao receber uma boa notícia: Quando alguém recebe uma notícia muito boa, como passar em um concurso ou receber uma promoção, e grita ou pula de alegria, agindo impulsivamente, movido pela emoção.

    Chorar ao assistir a um filme triste: Uma pessoa que chora durante uma cena emocional de um filme, reagindo de maneira imediata e emocional, sem refletir sobre o fato de que é apenas uma história fictícia.

    Agir com raiva em uma discussão: Quando alguém, no calor de uma discussão, grita ou faz gestos agressivos, agindo sob a influência da raiva sem pensar nas consequências ou na racionalidade da situação.

    Abraçar impulsivamente uma pessoa querida após um reencontro: Encontrar alguém que você não vê há muito tempo e, sem pensar, correr e abraçar a pessoa, movido pelo carinho e saudade.

    Cometer um ato de vingança ferindo ou matando alguém, ou destruindo objetos, reagir de maneira perigosa diante de um assalto, reagir de forma imediata e emocional, buscando retribuir o que considera uma injustiça, sem ponderar as consequências de sua ação.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

LUIZ GAMA

Luiz Gama: o maior abolicionista do Brasil


Luís Gonzaga Pinto da Gama (1830-1882) , mais conhecido como Luiz Gama, é considerado o patrono da abolição no Brasil.. É o patrono da cadeira n.º 15 da Academia Paulista de Letras.

Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu livre em Salvador, Bahia, no dia 21 de junho de 1830. Filho de um português  (cujo nome jamais citou) e da escrava livre Luiza Mahin que, segundo ele, participou da revolta do Malês em 1835 e da Sabinada em 1837 e, como consequência teve que fugir para o Rio de Janeiro, deixando o filho aos cuidados do pai.

Em 1840, com 10 anos, foi levado por seu pai para o Rio de Janeiro e vendido ao negociante e alferes Antônio Pereira Cardoso para pagar uma dívida de jogo. De lá, ele foi levado para uma fazenda em Limeira, São Paulo...
sendo assim, foi o único abolicionista que passou pela experiência da escravidão. Com 17 anos, Luiz Gama conheceu o estudante Antônio Rodrigues do Prado, hóspede da fazenda de seu pai, que lhe ensinou a ler e escrever.
Em 1848, com 18 anos, sabendo que sua situação era ilegal, uma vez que sua mãe era livre, Luiz fugiu para a cidade de São Paulo e conquistou a alforria na justiça. Nesse mesmo ano, alistou-se na Força Pública da Província.
Em 1850, casou-se com Claudina Gama, com quem teve um filho. Ainda em 1850, tentou ingressar no curso de Direito do Largo de São Francisco, mas a faculdade recusou sua inscrição porque era ex-escravo e pobre. Mesmo sendo hostilizado pelos professores e alunos, ele teve direito a assistir as aulas como ouvinte.
Mesmo sem ter a formação plena em Direito, Gama adquiriu o direito de atuar como advogado (naquela época era permitido), fato que o levou a se especializar na defesa jurídica dos escravos. Por meio do estudo aprofundado da cultura jurídica, ele descobriu leis que protegiam a vida dos escravizados e não eram aplicadas. Além da articulação na área do direito, ele escrevia sobre os casos nos jornais locais para conscientizar a população sobre os seus direitos

Em 1856 tornou-se escriturário da Secretaria de Polícia da Província de São Paulo.
Em 1864, junto com o ilustrador Ângelo Agostini, Luiz Gama inaugurou a imprensa humorística paulista ao fundar o jornal Diabo Coxo, que se destacou por utilizar caricaturas que ilustravam as reportagens dos fatos cotidianos da conjuntura social, política e econômica, o que permitia os iletrados compreenderem os fatos.

Em 1869, junto com Rui Barbosa, fundou o Jornal Paulistano. Colaborou com diversos jornais, entre eles Ipiranga e A República.
De escravo a advogado abolicionista: Gama sempre esteve  envolvido nos movimentos contra a escravidão tornando-se um dos maiores líderes abolicionistas do Brasil. Em 1873 participou da Convenção de Itu, que criou o Partido Republicano Paulista.

Ciente de que naquele espaço dominado por fazendeiros e senhores de escravos suas ideias abolicionistas não receberiam apoio, passou a denunciá-los e condená-los de todas as formas. Em 1880 tornou-se o líder da Mocidade Abolicionista e Republicana.

Luiz Gama trabalhou na defesa dos negros escravizados exercendo a profissão de “rábula” - nome dado aos advogados sem título acadêmico por meio de uma licença especial, o provisionamento.

Nos tribunais, Luiz Gama usava uma oratória impecável e com seus conhecimentos jurídicos defendia os escravos que podiam pagar pela carta de alforria, mas eram impedidos da liberdade por seus donos. Defendeu os escravos que entraram no território nacional após a proibição do tráfico negreiro de 1850.

Participava de sociedades secretas, como a Maçonaria, que o ajudava financeiramente.
Livros e poemas

Luiz Gama projetou-se na literatura em função de seus poemas, nos quais satirizava a aristocracia e os poderosos de seu tempo. Muitas vezes ele se ocultava sob o pseudônimo de Afro, Getulino e Barrabás.

Em 1859, Luiz Gama publicou uma coletânea de versos satíricos, intitulado Primeiras Trovas Burlescas de Getulino, que fez grande sucesso, no qual se encontra o poema, “Quem Sou Eu?” (Popularmente chamada de “Bodarrada” ou “Bode” era uma gíria que tentava ridicularizar os negros.

CONTEXTO HISTÓRICO DA ÉPOCA DE LUIZ GAMA: O Brasil estava em um processo de mudança, onde já existiam leis abolicionistas, embora com pouco efeito...mesmo assim, já era possível a um ex-escravizado estudar em uma faculdade e exercer a função de advogado mesmo sem ter completado os estudos.


Em 1931, ele se tornou a primeira pessoa negra a ter uma estátua na cidade de São Paulo. A homenagem está localizada no Largo do Arouche, centro da cidade.
Em 2015, 133 anos após sua morte, o abolicionista recebe o título oficial de advogado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e em 2018 foi declarado patrono da abolição da escravidão no Brasil.

QUESTÕES SOBRE O FILME "PRIMEIRO ELES MATARAM MEU PAI"

1 – A ESCRAVIZAÇÃO DO POVO CAMBOJANO PELA DITADURA MARXISTA DO KHMER VERMELHO
- A escravização do povo fazia parte da política de reforma da ditadura do Khmer Vermelho, que tinha o marxismo com base político/ideológica para sua prática, através de um programa de "engenharia social", onde o povo foi submetido à uma brutal reestruturação social e econômica, entre 1975 e 1979. As razões da ditadura foram basicamente as seguintes:
- Visão Ideológica Radical: O Khmer Vermelho era uma ditadura socialista que buscava criar uma sociedade comunista de base agrária, livre de influências ocidentais. Eles acreditavam que a transformação radical da sociedade era necessária para atingir esse objetivo. Para realizar esta transformação era preciso eliminar qualquer influência considerada negativa: religiões (o regime era materialista), todas as antigas tradições tanto orientais quanto ocidentais, toda a cultura ocidental (com exceção da marxista), a burguesia local, etc.
- Ano Zero: O Khmer Vermelho adotou uma política conhecida como "Ano Zero", na qual eles buscavam apagar completamente todas as influências culturais, religiosas e sociais do passado do Camboja. Eles consideravam a população urbana e educada como inimigos do regime e buscavam criar uma nova sociedade agrária a partir do zero, o que exigia trabalho forçado para alcançar seus objetivos.
- Reestruturação Econômica: A ditadura queria transformar a economia cambojana de maneira rápida e extremamente radical: de uma economia agrária para uma economia agrária de subsistência, onde todos foram forçados a ir viver e trabalhar na agricultura, sem direito a salário (o dinheiro foi abolido)....a única recompensa era a precária alimentação...na prática era a volta da escravidão Os que resistiam à essa Engenharia social foram submetidos a tortura e execuções sumárias.
Controle e Poder: O uso de trabalho escravo servia para consolidar o controle do regime sobre a população. Ao obrigar as pessoas ao trabalho escravo, a ditadura marxista demonstrava que seu poder não tinha limite algum.
Em suma, o Khmer Vermelho escravizou seu próprio povo como parte de sua visão radical de reestruturação social, econômica e política do Camboja. Eles acreditavam que apenas por meio do trabalho forçado e da repressão extrema poderiam alcançar seus objetivos de criar uma sociedade comunista radicalmente transformada.

2 - CONTEXTO HISTÓRICO DO FILME
O Camboja é um país localizado no sudeste asiático, com uma rica herança cultural e histórica, incluindo os antigos templos de Angkor Wat. No século XIX tornou-se uma colônia francesa até a sua independência em 1953. O país era uma monarquia até 1970 e era neutra em relação à guerra do Vietnã.
Mesmo sendo neutro, o território do Camboja estava envolvido na Guerra: o Vietnã do Norte tinha bases e rotas de suprimentos no leste do país.
No mesmo ano de 1970, um golpe de estado derrubou a monarquia e implantou uma república, sob o comando do general Lon Nol, o qual declarou apoio aos EUA na guerra do Vietnã...sendo assim, entrou em guerra contra o Vietnã do Norte. Além disso, já enfrentava o grupo guerrilheiro marxista Khmer Vermelho, que almejava tomar o poder no Camboja.
A aliança com os EUA resultou na permissão para que os americanos bombardeassem posições vietcongs no território, resultando na morte de civis do próprio Camboja. Esses bombardeios pioraram a situação do governo, pois resultaram em
a) ódio da maioria do povo contra o governo de Lon Nol.
b) ódio da maioria do povo contra os EUA.
c) aumento da influência do movimento do Khmer Vermelho sobre o povo, que aproveitava para insuflar o ódio do povo contra Lon Nol e os EUA...ao mesmo tempo, o Khmer Vermelho tentava passar a ideia de que seriam os “libertadores” do Camboja.
O exército de Lon Nol, mau equipado e mau treinado, foi presa fácil dos guerrilheiros do Khmer Vermelho, os quais tomaram a capital, Phnom Penh, em 17 de abril de 1975.
Sob o regime Khmer Vermelho, estima-se que cerca de 1,7 milhão de pessoas tenham morrido de fome, execuções sumárias, desnutrição, doenças e trabalho escravo. A população cambojana foi submetida a graves abusos de direitos humanos e o país enfrentou décadas de devastação e trauma.
O filme se passa nesse contexto histórico turbulento, narrando a história da família de Loung Ung, enquanto eles lutam pela sobrevivência sob o regime brutal do Khmer Vermelho. Ele oferece uma visão íntima e pessoal dos horrores do genocídio e das consequências devastadoras da ideologia marxista do regime no povo cambojano.

3 - O REGIME E A IDEOLGIA DO KHMER VERMELHO
Tinha uma ideologia comunista radical e empregou um brutal programa de engenharia social, através da expropriação dos bens, deslocamento da população para o campo, censura, repressão política, trabalho escravo, torturas, fome, desnutrição, milhões de mortos, enfim, um  genocídio. .
PRINCÍPIOS MARXISTAS QUE FORAM USADOS PELO KHMER VERMELHO
A - Igualitarismo radical: Em qualquer sociedade é natural que haja desigualdades, pois os seres humanos são desiguais por natureza...mas isso era visto como um problema para o Khmer Vermelho, o qual procurou igualar todos através das seguintes ações:
- expropriação de toda a propriedade privada: tudo passou a pertencer ao Estado
- eliminação do dinheiro
- eliminação de todos aqueles que eram considerados
"inimigos de classe": fazendeiros, intelectuais, professores, artistas, empresários, jornalistas, etc.
B - Coletivização agrícola: Inspirado na ideia de coletivização criada por Marx, o Khmer Vermelho forçou a população ao trabalho escravo nas fazendas coletivas gerenciadas pelos soldados do Khmer. A disciplina brutal resultava em julgamentos e execuções sumárias de todos os que cometiam qualquer ato, incluindo o de comer escondido algumas espigas para tentar matar a fome, que era uma rotina.
C - Ruralização da sociedade: A ditadura do Khmer usou seu povo como cobaias, através de um projeto de engenharia social, que na prática traduziu-se em trabalho escravo, fome, torturas, desnutrição, doenças, miséria, execuções sumárias e milhões de mortos.
D - Autoritarismo centralizado: O regime estabeleceu um governo centralizado e autoritário, com Pol Pot e seus associados exercendo controle absoluto sobre todas as instituições do Estado e da sociedade. Isso refletia a ideia marxista-leninista de um partido de vanguarda que lideraria a revolução e implantaria a ditadura, que no caso não foi uma ditadura do proletariado, pois o país não era industrializado e não havia um comitê de operários como ditadores.

4 - AS ATROCIDADES DO KHMER VERMELHO
O marxismo, através de suas obras "O capital" e "O manifesto comunista" defende a ideia de uma ditadura do proletariado no poder... sendo assim, defende uma ditadura, um regime que não é, nunca foi democrático e nunca será democrático. O termo "ditadura do proletariado" na teoria marxista, criado por Marx e Engels, foi usado para descrever um período de transição entre o capitalismo e o comunismo, durante o qual a ditadura faria reformas sociais, que na prática sempre resultam em expropriações, prisões, censura, perseguições, tortura, eliminação de opositores, etc.
Na ideologia marxistas, a ditadura do proletariado significa uma fase de transição para uma sociedade sem classes. O que Marx não diz é que na prática isso significa o uso da violência governamental para tomar todas as propriedades do povo, todos os meios de produção, concentrando-a nas mãos da ditadura e impondo o povo ao trabalho escravo...quem discorda é preso e eliminado...isso é incompatível com os ideais democráticos e viola todos os direitos humanos fundamentais.
Portanto, é válido afirmar que qualquer regime que use da violência para impor sua vontade e reprimir a oposição está agindo de forma autoritária, independentemente de se autodenominar como uma democracia ou ou uma república popular. O respeito aos direitos humanos e às liberdades individuais deve ser uma preocupação central em qualquer sistema político que se pretenda democrático e justo.

VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS PRATICADAS PELA DITADURA COMUNISTA DO KHMER VERMELHO:
Sob o comando do ditador Pol Pot, entre 1975 e 1979, houve uma série de violações graves dos direitos humanos:
a) Genocídio: O regime almejava eliminar grupos étnicos minoritários, intelectuais, religiosos e outros que fossem considerados uma ameaça à ideologia do partido, resultando em um genocídio que levou à morte de milhões de pessoas.
b) Prisões arbitrárias e execuções em massa: Milhares de pessoas foram presas arbitrariamente e executadas sem julgamento prévio. Muitos foram mortos em campos de extermínio ou forçados a trabalhar até a morte em condições desumanas.
c) Trabalho escravo: O regime forçou a população a trabalhar em campos agrícolas coletivos em condições desumanas. Muitos morreram de fome, exaustão e doenças devido às condições brutais.
d) Restrições à liberdade de expressão e religião: Todas as formas de expressão e religião foram reprimidas. Livros foram queimados, templos religiosos foram destruídos e práticas religiosas foram proibidas.
e) Deslocamento forçado da população: Milhões de pessoas foram deslocadas de suas casas e forçadas a viver em áreas rurais para trabalhar nos campos. Famílias foram separadas e muitos morreram durante o deslocamento.

f) Fim das liberdades individuais: crença, opção política, opinião, imprensa, expressão, direito de ir e vir, tudo foi eliminado.

f) Justiça: a justiça foi extinta e em seu lugar os guerrilheiros do Khmer julgavam, torturavam e matavam qualquer um que considerassem inimigos de qualquer princípio ou orientação da ditadura. Foi assim que eliminaram os pais da protagonista.

5 - LOUNG UNG, A PROTAGONISTA E SUA FAMÍLIA
aos 10 anos de idade, Loung Ung tinha visto mais mortes, desgraças e tragédias do que a maioria das pessoas viu durante toda a vida. Ung foi criada em uma família de classe média alta em Phnom Penh...seu pai, era um oficial militar no governo de Lon Nol...tudo mudou quando em em 17 de abril de 1975, o Khmer Vermelho do ditador Pol Pot invadiu a capital e forçou dois milhões de pessoas a evacua-la. Todos os que resistiram foram baleados e mortos.
O assassinato dos pais
Os pais de Loung Ung, foram mortos pela ditadura devido à sua origem urbana e ao seu passado associado à classe educada e intelectual. Para a ditadura do Khmer Vermelho, os membros da classe urbana, incluindo funcionários do governo, profissionais, educadores e intelectuais, por terem uma educação e cultura influenciadas pelo Ocidente, eram vistos como inimigos do regime e eram alvos de perseguição e execução.
O Khmer Vermelho buscava implementar uma visão radicalmente igualitária da sociedade cambojana, promovendo uma ideologia agrária e anti-intelectual. Eles consideravam a vida urbana e a educação formal como símbolos de corrupção e exploração, e procuravam eliminar qualquer vestígio da antiga ordem social.

Como resultado, muitos dos que tinham origem urbana, educação formal ou associação com o governo anterior foram considerados traidores ou espiões e foram alvo de perseguição, prisão e execução sumária pelo regime do Khmer Vermelho. Os pais de Loung Ung, como muitos outros, foram vítimas dessa política de repressão e violência indiscriminada.

Nos 5 anos seguintes, Ung foi separada de seus pais e irmãos, torturada, presa em cativeiro e obrigada a treinar como criança soldado (aos sete anos). Algum tempo depois, ela, seu irmão e sua cunhada conseguiram fugir para a Tailândia, onde permaneceram em um campo de refugiados até que conseguiram asilo político nos EUA, em junho de 1980. Em 2000, ela publicou suas memórias em um livro intitulado First They Killed My Father.
Loung Ung é uma ativista e professora de direitos humanos... é a porta-voz nacional da Campanha por um Mundo Livre de Minas Terrestres.




domingo, 24 de março de 2024

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA

A origem da palavra história é grega (historie) e significa de maneira geral "conhecimento que se adquire através da pesquisa".

O grego Heródoto é considerado o Pai da história por ter sido o primeiro a escrever sobre eventos de maneira metódica, buscando evidências que comprovassem a veracidade.

Para que serve a História? por que estudar história?
-A história não possui a missão de salvar o homem dos erros do passado, impedindo-os de os repetir no presente ou no futuro. Se assim fosse, não teríamos a repetição de regimes tirânicos, políticos demagogos, guerras, etc.
- A história nos auxilia a compreender o que a humanidade construiu ao longo de sua existência e o que as sociedades contribuíram em termos intelectuais, culturais e materiais.
-A história é importante tanto para a vida individual quanto para a vida social, pois é possível  entender como o passado influencia o presente, o porquê das coisas serem como são e quais são os melhores modelos de vida, de sociedade e muitas outras possibilidades.
-a história desperta em nós a percepção de que existem culturas diferentes;
-ela contribui para a ampliação das fronteiras da imaginação;
-ela evita o estreitamento do horizonte de consciência, impedindo o provincianismo;
-ela fornece condições para entender as estruturas econômicas, sociais, políticas, religiosas, ideológicas e jurídicas das sociedades ao longo do tempo.
-Há outras áreas do conhecimento que usam princípios da história, mesmo não tendo a formação nesta área: o investigador policial, o perito criminal, o jornalista, o escritor, o cineasta, etc...além disso, todas as áreas do saber possuem sua própria história: história da física, da química, da matemática, da medicina, da engenharia, etc.

Alguns conceitos de História:

A história estuda o ser humano e suas ações ao longo do tempo
A história é o estudo das ações humanas no passado e no presente
A história é a ciência dos homens no tempo

Atribuições da História: O que a história estuda?

-As realizações humanas, boas e ruins
-As mudanças, que são duas: tecnológicas e comportamentais
-As permanências
-A produção cultural, imaterial e material


O que muda de maneira mais rápida: a tecnologia ou os comportamentos?
As mudanças tecnológicas ocorrem de maneira mais rápida do que as comportamentais...isso é explicado pelo desejo humano de ter menos esforço, mais conforto, mais benefícios, etc.

As mudanças comportamentais ocorrem de maneira mais lenta porque dependem dos usos, costumes, tradições, crenças, etc.
Algumas civilizações mudam de comportamento de maneira mais rápida do que outras...o maior exemplo é quando comparamos a civilização ocidental com a islâmica: a ocidental muda de maneira bem mais rápida.
Alguns povos praticamente não mudaram ao longo do tempo devido ao isolamento em que vivem. Temos o exemplo de algumas nações indígenas na Amazônia brasileira.

A produção cultural: todo ser humano é um ser cultural...o ser humano produz cultura...Exemplo: é o único ser que cria e utiliza objetos para se alimentar: gás, eletricidade, fogo, grelhas, micro-ondas, talheres, copos, panelas, condimentos, pratos, etc.

Toda a produção cultural humana ocorre de forma imaterial e material
imaterial: primeiramente, antes de vir ao mundo material, imaginamos, pensamos, projetamos.
material: ocorre quando a ideia se materializa
Exemplos:
-os objetos que o ser humano inventou; primeiramente foram imaginados, depois foram fabricados.
-a casa que alguém sonhou em ter: primeiro ela foi imaginada, depois ela foi construída segundo o que foi projetado.
-a música que alguém compôs: ela existiu primeiro na mente e se materializou quando foram usados instrumentos musicais, partitura, etc.
-samba e frevo fazem parte do patrimônio imaterial do Brasil porque existem primeiramente na mente, traduzem saberes, relações de pertencimento, para sambar ou frevar é preciso primeiro conhecer os passos, ensaiar, etc...e tudo isso ocorre na mente.

Patrimônio Cultural:
Um Povo sem História é um Povo sem Memória...preservar as paisagens, as obras de arte, as festas populares, a culinária ou qualquer outro elemento cultural de um povo, é manter a identidade desse povo.

A produção cultural humana dos povos ao longo do tempo resultou na criação de um vasto patrimônio imaterial e material, o qual, na medida do possível dever ser preservado. Essa preservação vai depender do grau de importância que cada povo concede ao seu passado. Esse patrimônio faz parte da identidade cultural de um povo, do seu legado, de sua história.

A importância de se preservar o Patrimônio Histórico está associada à constituição de uma memória coletiva, considerando que é por meio da memória que nos orientamos para compreender o passado, o comportamento de um determinado grupo social, uma cidade ou mesmo uma nação. O estímulo da memória também contribui para a formação de identidade, retomada de raízes, e a compreensão a respeito da situação sociocultural de um povo.

As Fontes Históricas: São documentos, objetos, textos, sons, etc., os quais possuem informações importantes sobre algum período da história, sendo indispensáveis para que se estude o passado.
Tipos de Fontes históricas
a) escritas: textos, discursos, leis, decretos, etc., os quais foram escritos em argila, papiro, pergaminho, pedra, papel, digital, etc. 
b) orais: depoimentos, entrevistas, gravações, relatos e histórias contadas por pessoas...incluem-se também as lendas e as tradições que uma geração passa para a outra.
c) Fontes Diretas ou Primárias / Fontes Indiretas ou Secundárias:
Fonte primária é a fonte original da informação, é o primeiro grau da informação...é a fonte original. Exemplo: o livro escrito pelo seu autor. Quando lemos esse livro, estamos consultando a fonte primária ou direta.
Uma fonte Secundária é um documento, imagem ou gravação que discute ou relaciona informações já apresentadas em outros lugares. É o resultado das discussões realizadas no material da fonte primária.
Exemplo: o comentário, o resumo, a resenha ou a reportagem sobre o livro de determinado autor.
d) Fontes Imagéticas: referem-se às imagens, gravuras, desenhos, pinturas, esculturas, filmagens, mosaicos, vídeos, grafitagens, etc. Na pré-história o ser humano já desenhava nas paredes das cavernas as gravuras rupestres.
e) Fontes materiais: são os vestígios físicos das atividades de pessoas humanas. Por exemplo: roupas, móveis, utensílios, ferramentas, armamentos, etc... incluem-se também os objetos e os sítios arqueológicos, fósseis, etc.

O Tempo e a História:
Anacronismo:
significa a interpretação do passado realizada a partir de um contexto social, político e cultural dos dias atuais...ou seja, julgamos o passado com base nos valores e ideias atuais...isso acaba por dificultar a compreensão do passado, pois cria uma interpretação desconexa com o conjunto de valores e ideias da época trabalhada. Sendo assim, o anacronismo cria interpretações incoerentes sobre as experiências, questões e modos de vida das sociedades passadas. Isso não significa que vamos defender aquilo que é considerado injusto, desumano ou cruel, mas entender o seu contexto cultural, político e histórico...ou seja, não vamos defender a escravidão nem os que tinham escravos, mas entender porque naquela época se praticava a escravidão ou outra prática inaceitável nos dias atuais.
Exemplos:
- a poligamia de alguns famosos personagens bíblicos do Antigo Testamento.
- a escravidão era uma prática generalizada tanto entre povos europeus na América quanto entre os próprios reinos africanos nos séculos XVI e XVII...a escravidão estava na lei...não havia ideais de liberdade que só surgiriam e se expandiriam a partir do século XVIII.
-as conquistas de povos e territórios por outros povos ao longo de milhares de anos...ainda hoje assistimos essa prática ocorrendo em alguns lugares do mundo.

a) Tempo Cronológico: refere-se à contagem do tempo a partir de eventos marcantes para algumas civilizações. Esses eventos resultaram na criação de CALENDÁRIOS. Abaixo, temos dois dos mais famosos calendários são:
a) Gregoriano: também conhecido como cristão ou ocidental, é o calendário usado atualmente pela maioria dos países, incluindo o Brasil. Tem como base o nascimento de Jesus Cristo...sendo assim, a contagem do tempo é dividida em antes e depois de Cristo.
b) Judaico ou Hebraico: tem como base a criação do mundo de acordo com a tradição religiosa. Em 2024, o calendário hebraico corresponde aos anos 5784 e 5785; o ano 5784 começou no dia 15 de setembro de 2023 e termina no dia 2 de outubro de 2024.

b) Tempo Histórico: tem como base os eventos considerados mais importantes para a história de cada povo, os quais são adotados como datas comemorativas. Exemplos:
a) Independência do Brasil: 07 de setembro
b) Revolução Francesa: 14 de Julho
c) Independência dos EUA: 04 de Julho

c) Tempo de Natureza: é o tempo que alguns povos usam para orientar suas atividades produtivas e suas celebrações, através da observação do clima e das estações do ano... geralmente são povos isolados, nações indígenas.

d) Tempo de Fábrica: é o tempo mais utilizado no mundo, pois tem como base a hora, a carga horária para a realização de diversos tipos de atividades: aulas, treinamentos, trabalho, diversão, etc.

e) Tempo de Informática: é a modalidade mais recente de uso do tempo, o qual inovou a partir da dispensa da presença física dos envolvidos. O maior exemplo são as aulas, treinamentos e atividades realizadas à distância, sem a necessidade da presença física dos envolvidos. Pilotar drones militares, participar de conferências e realizar cirurgias à distância já é uma realidade.

f) Tempo de curta duração: refere-se a um evento que tem data para iniciar e terminar. Exemplos: As Olimpíadas e a Copa do mundo de futebol

g) Tempo de Média duração: são eventos que dependem de um contexto histórico tanto para iniciar quanto para terminar. Sua duração é variável. Exemplo:
- o processo da independência do Brasil, que levou 14 anos, tendo iniciado com a transferência da Corte em 1808 e terminado com o evento do "grito" de independência de Dom Pedro às margens do riacho do Ipiranga, em 1822.

i) Tempo de Longa Duração: são eventos históricos tão comuns que já se incorporaram ao cotidiano da vida de um povo. Exemplos:
- a república, nos países que são republicanos
- o cristianismo, nos países que são cristãos
- a monarquia, nos países que são monárquicos
- o islamismo, nos países que são islâmicos.

Observação importante: para não haver confusão, é preciso distinguir os eventos de longa e média duração:
exemplos:
- a república brasileira é um evento de longa duração, entretanto, o processo do golpe que implantou a república é um evento de média duração
- o Brasil independente é um evento de longa duração, entretanto, o processo da independência é um evento de média duração.

Exercícios
01 - diante de uma notícia ou uma informação, seja na internet ou na tv nosso papel deve ser*
a) acreditar fielmente
b) desacreditar sem procurar saber se é verdade
c) verificar se é verdade ou não
d) duvidar e acreditar ao mesmo tempo
e) abcd estão incorretas

02 - Sobre conceitos e atribuições da história, analise as afirmações e assinale a correta*
a) está voltada preferencialmente para o estudo dos grandes fatos políticos, com destaque para a biografia dos governantes.
b) não há uma preocupação com a investigação dos eventos históricos, pois atualmente o mais importante é a compreensão global da história.
c) diferentemente do que ocorreu no século XX, a história atual procura ter um novo olhar crítico, desvinculado das demais ciências humanas.
d) O estudo das fontes e a crítica dos documentos são partes fundamentais do processo de produção historiográfica.
e) tudo pode e deve ser criticado o tempo todo, mesmo que sejam críticas anacrônicas, infundadas ou superficiais.

03 - Analise os eventos abaixo e assinale os que se são classificados como tempo de média duração:*
a) Revolução Pernambucana de 1817 e as Olimpíadas
b) Independência do Brasil e a Copa do mundo de Futebol
c) II Guerra mundial e Independência do Brasil
d) O 11 de setembro e a independência do Brasil
e) a monarquia inglesa e a Revolução francesa

04 - Sobre a questão do Anacronismo na história, podemos afirmar que o correto é
a) estudar e interpretar o passado a partir dos nossos valores e conceitos atuais.
b) estudar o passado a partir de seu contexto cultural, político e social, mesmo não concordando, mas entendendo que eram tempos bem diferentes dos dias atuais
c) ter uma visão atualizada do passado, mesmo sendo desconexa com o conjunto de valores e ideias daquela época
d) abc estão corretas
e) abc estão incorretas

05 - É considerado como evento de Longa duração
a) o processo histórico da independência do Brasil
b) o golpe militar que implantou a república
c) o cristianismo no Brasil
d) abc estão corretas
e) abc estão incorretas

06 -  Sobre patrimônio cultural, assinale a alternativa FALSA:
a) A preservação da cultura de um povo depende da proteção que se dá ao seu patrimônio material e imaterial
b) A proteção da cultura material e imaterial depende exclusivamente dos governantes.
c) O patrimônio histórico é um legado deixado pelos mais velhos para as novas gerações.
d) O que determina se um bem cultural será ou não um patrimônio cultural são a sua importância e contribuição para a cultura e história de um povo.
e) abcd estão incorretas

07 - Assinale abaixo a afirmação correta sobre patrimônio material
a) as lendas, músicas, canções e narrativas.
b) as expressões e movimentos artísticos.
c) os instrumentos, objetos e vestimentas.
d) as técnicas de artesanato e saberes orais.
e) abcd estão incorretas

08 - Assinale abaixo a afirmação correta sobre onde se usa a história:
a) apenas na sala de aula
b) apenas nos museus
c) em diversas áreas: jornalismo, polícia, sala de aula, tribunal, etc.
d) apenas nas redações dos telejornais e na internet
e) apenas quando se fala da vida dos outros