terça-feira, 15 de agosto de 2023

ECONOMIA: TEMAS GERAIS, CONSUMO, CONSUMISMO

Introdução à economia

CONCEITOS DE ECONOMIA: Economia é
-o conjunto de atividades que visam a produção, distribuição e o consumo de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida.

-é a ciência que consiste na análise da produção, distribuição e consumo de bens e serviços.

-é o estudo das escolhas dos indivíduos e do que possibilita a compatibilidade nas escolhas de todos

DIVISÃO DA ECONOMIA
Geralmente é dividida em dois grandes ramos:
a) MICROECONOMIA:
dedica-se ao comportamento econômico individual, analisa as decisões individuais referentes à produção, consumo, composição de preços, etc.
b) MACROECONOMIA: dedica-se ao estudo das questões amplas, tais como crescimento econômico, geração de emprego, inflação, juros, política fiscal, política monetária, etc.

Setores da economia
- primário: a extração do recursos naturais e produção de matéria prima. Exemplos a agricultura mineração pecuária silvicultura etc

- secundário: industrialização, transformação matéria-prima em manufaturados e bens de consumo

-terciário prestação dos serviços comércio transporte turismo educação saúde, finanças,  informática etc

-quaternário: atividades referentes a pesquisa de  desenvolvimento tecnológico in serviços de alta complexidade desenvolvimento do software se inovação etc

 -quinário: serviços de tomada de decisões estratégicas,  governamentais, administração pública, etc


O CONSUMO: ação de comprar e usar bons e serviços para satisfazer necessidades é algo natural do ser humano
O CONSUMISMO: é um comportamento voltado para o desejo insaciável de comprar bens e serviços além das necessidades básicas

Consumo é uma atividade essencial para atender às necessidades humanas tais como alimentação, vestuário, habitação, educação, lazer, saúde, etc.

Consumismo é um comportamento exagerado que se concentra na aquisição impulsiva e desnecessária de bens/serviços e na busca constante por mais, sem considerar as  necessidades reais ou as consequências.

Enquanto o consumo satisfaz as necessidades, o consumismo pode provocar:
a) Endividamento: leva as pessoas a gastarem mais do que podem pagar, resultando em dívidas significativas e preocupações financeiras.

b) Estresse Financeiro: O constante desejo de adquirir bens e manter um estilo de vida acima das possibilidades pode causar estresse financeiro, ansiedade e preocupações sobre dinheiro.

c) Insatisfação Duradoura: A busca incessante por mais produtos e experiências pode resultar em sentimentos de vazio e falta de propósito.

d) Desperdício e problemas ambientais: O consumismo pode levar ao descarte rápido de produtos e à geração de resíduos, contribuindo para problemas ambientais e de sustentabilidade.

e) Falta de Foco nas Relações: Se o foco é voltado apenas para o consumo, as relações interpessoais são prejudicadas. Os consumistas não constroem conexões significativas e podem destruir as que possui.

f) Declínio da Saúde Mental: A constante comparação social e a pressão para manter um certo padrão de vida podem levar a sentimentos de inadequação, inveja e depressão.

g) Priorização do Material sobre o Pessoal: O consumista pode priorizar apenas a posse de bens materiais em detrimento de experiências pessoais, bem-estar e desenvolvimento pessoal.




O consumo está ligado à ideia de felicidade ou isso é uma ilusão ou argumento construído para que consumamos?


Embora a aquisição de bens e as experiências tais como uma viagem de turismo possam trazer  prazer e satisfação, a ideia de que o consumo é a chave para a felicidade pode ser vista como uma ilusão ou argumento construído para que consumamos.

O consumismo é ilusório e não é sinônimo de felicidade


Curto Prazo vs. Longo Prazo: O consumismo muitas vezes proporciona gratificação imediata e temporária, ou seja, é passageira. Ao longo prazo, a busca constante por mais coisas pode levar a um ciclo de insatisfação contínua.

Expectativas Irrealistas: A propaganda (e isso é o papel dela) nos passa a ideia de que ter um certo estilo de vida ou a aquisição de bens nos trará felicidade. No entanto, a realidade é que a felicidade é influenciada por diversos fatores que podem ou não incluir a posse de muitos bens.

Efeito Hedônico: refere-se à tendência das pessoas de se adaptarem rapidamente a mudanças em seu ambiente, incluindo aquisições materiais. Isso significa que, após um período, a novidade se desgasta e a felicidade associada ao novo bem diminui.

Comparação Social: O 
consumismo muitas vezes está relacionado à comparação social, levando as pessoas a adquirir produtos para se igualar aos outros. No entanto, essa comparação constante pode resultar em insatisfação e sentimentos de inadequação.

Bem-Estar Subjetivo: Estudos mostram que o bem-estar subjetivo (sentimento de satisfação com a vida) está mais fortemente ligado a relacionamentos saudáveis, realização pessoal e propósito, em vez de bens materiais.

Muitas pessoas compram apenas para serem aceitos socialmente, ou seja, para se encaixar ou serem aceitas por um grupo social específico. A motivação é ser parte de um grupo e evitar ser excluído. Isso pode envolver adotar certos estilos de roupas, gostos musicais, hábitos alimentares, entre outros, para se identificar com o grupo.

Comprar por Status: significa a compra de produtos ou o usufruto de serviços que são vistos como símbolos de prestígio ou sucesso. Esse tipo de consumidor quer demonstrar seu poder financeiro e posição social acima da maioria das pessoas. Não basta possuir um bem caro, é preciso exibi-lo. Não basta fazer uma viagem de turismo caríssima, é preciso divulgá-la amplamente nas redes sociais, atitude que pode atrair pessoas mal intencionadas (ladrões, golpistas, estelionatários, etc.).
   
Cultura do Consumo: A cultura de consumo muitas vezes é promovida pela publicidade e pela mídia, criando uma narrativa que associa a felicidade ao acúmulo de bens. Isso pode ser um argumento construído para incentivar o consumo.

Felicidade Autêntica: Muitas pessoas relatam que a verdadeira felicidade é encontrada em momentos significativos, conexões sociais e contribuições para os outros, em vez de bens materiais.

Em resumo, enquanto o consumo pode contribuir para a felicidade em certos momentos, o consumismo ilude as pessoas, passando a falsa ideia de que a aquisição constante de bens é o caminho direto para a felicidade. A busca pela verdadeira felicidade geralmente envolve uma combinação de fatores, incluindo relações saudáveis, desenvolvimento pessoal e um senso de significado na vida.




Argumentos contrários à ideia de que o consumo está diretamente ligado à felicidade:

1 - Efeito de Saciedade Rápida: O consumo muitas vezes proporciona um prazer momentâneo, mas esse prazer pode diminuir rapidamente. Isso pode levar a um ciclo contínuo de busca por novos produtos e experiências, resultando em uma sensação efêmera de felicidade.

2 - Comparação e Insatisfação: O consumo excessivo pode levar a uma constante comparação com os outros e uma busca por status social. Isso pode resultar em sentimentos de insatisfação quando as expectativas não são atendidas, minando a verdadeira sensação de felicidade.

3 - Endividamento e Estresse Financeiro: O consumo irresponsável pode levar a dívidas, estresse financeiro e ansiedade. A preocupação com dívidas pode afetar negativamente a saúde mental e emocional, prejudicando a sensação de felicidade.

4 - Impacto Ambiental: O consumo desenfreado frequentemente contribui para a exploração de recursos naturais e para a geração de resíduos e poluição. O conhecimento sobre o impacto ambiental do consumo excessivo pode levar a sentimentos de culpa e preocupação, interferindo na sensação de felicidade.

5 - Busca por Significado: A verdadeira felicidade muitas vezes está ligada a um senso de propósito e realização pessoal. A busca constante por bens materiais pode desviar o foco dessa busca mais profunda, resultando em uma sensação de vazio

6 - Dependência Externa: Se a felicidade está vinculada principalmente à posse de bens materiais, há o risco de que a sensação de felicidade seja sempre dependente de fatores externos e voláteis.

7 - Qualidade de Relações: A busca excessiva por consumo pode levar a uma dedicação de tempo e energia aos bens materiais, em detrimento da qualidade das relações interpessoais. Relações saudáveis e significativas têm um papel crucial na sensação de felicidade.

8 - Sociedade de Comparação: A sociedade atual, muitas vezes impulsionada pela publicidade, promove um padrão de constante comparação e competição. Isso pode gerar um ambiente em que a busca por bens materiais suplanta a verdadeira busca por bem-estar e contentamento.

9 - Sensação de Vazio: Muitas pessoas que buscam a felicidade através do consumo podem sentir-se vazias, pois a satisfação material não é suficiente para preencher todas as dimensões emocionais e psicológicas da vida.

10 - A Busca constante por novidades: o desejo de experimentar coisas novas, estar na moda ou acompanhar as últimas tendências pode levar as pessoas a comprar produtos sem uma reflexão cuidadosa sobre suas necessidades reais ou a utilidade a longo prazo.
Pode levar a compras impulsivas e aquisições que não foram cuidadosamente planejadas. As pessoas podem ser influenciadas pela empolgação momentânea, pela pressão social ou pela sensação de gratificação instantânea ao adquirir algo novo e emocionante. Esse padrão de consumo pode resultar em acumulação de bens desnecessários, gastos excessivos e até endividamento. Além disso, pode impedir que as pessoas aproveitem ao máximo os produtos que já possuem, pois estão constantemente em busca de algo novo.

Esses argumentos destacam que a relação entre consumo e felicidade é complexa e multifacetada, com potenciais desvantagens e limitações em associar a satisfação pessoal ao acúmulo de bens materiais.


Argumentos a favor da relação entre consumo e felicidade
 

O consumo, quando feito de maneira consciente e equilibrada, pode contribuir para a sensação de felicidade ao atender necessidades, realizar desejos, promover bem-estar e construir conexões sociais.


 Realização de Desejos e Necessidades: O consumo pode permitir que as pessoas satisfaçam suas necessidades básicas e realizem desejos, resultando em um senso de contentamento e felicidade ao obter o que desejam.

    Experiências e Memórias: O consumo não se limita apenas à posse de bens materiais. Muitas vezes, envolve experiências como viagens, atividades culturais e entretenimento. Essas experiências podem criar memórias valiosas e contribuir para a sensação de felicidade.

    Estimulação do Bem-Estar: A aquisição de produtos e serviços que melhoram o conforto, a saúde e o bem-estar pode contribuir para uma sensação geral de satisfação e felicidade.

    Autoexpressão e Identidade: O consumo pode permitir que as pessoas expressem sua personalidade, estilo e identidade. Escolher produtos que se alinham com sua autenticidade pode gerar uma sensação de autoestima e felicidade.

    Senso de Realização: Alcançar metas financeiras, como comprar uma casa própria ou um carro, pode ser um símbolo de conquista e trabalho árduo, trazendo um sentimento de realização e, por consequência, de felicidade.

    Impulsionar a Economia: O consumo é um motor econômico importante, gerando empregos e oportunidades comerciais. Contribuir para a economia pode ser um fator que aumenta a satisfação pessoal e a sensação de felicidade coletiva.

    Estímulo à Criatividade: Produtos criativos e inovadores podem inspirar e enriquecer a vida das pessoas. O consumo desses produtos pode gerar um senso de admiração e empolgação, contribuindo para a felicidade.

    Conexões Sociais: Participar de atividades de consumo, como reuniões sociais, festas e eventos, pode ajudar a construir e fortalecer relações interpessoais. Essas conexões sociais são frequentemente associadas a um maior bem-estar e felicidade.

    Autoestima e Confiança: Adquirir produtos que melhoram a aparência pessoal ou o status social pode aumentar a autoestima e a confiança, contribuindo para uma sensação de satisfação e contentamento.

    Senso de Pertencimento: O consumo de produtos associados a grupos ou comunidades pode criar um senso de pertencimento, o que pode resultar em sentimentos positivos de felicidade e inclusão.



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